Política

Coluna contraponto do dia 02 de agosto de 2018

É na internet que eleitor se informa

Quando quer se informar sobre eleições, o andamento das campanhas e sobre opiniões e posições dos candidatos, os eleitores procuraram as redes sociais – blogs, Twitter, Facebook, Instagram, grupos de WhatsApp e outros meios propiciados pela internet. Esses recursos são os preferidos por 42,5% dos eleitores. Os telejornais ocupam o segundo lugar, com 37%. Muito abaixo, vêm os jornais impressos, com apenas 6% de eleitores interessados em buscá-los como fontes primárias. Esse é o resultado de levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas com 2.240 eleitores de todo o País de 25 a 30 últimos.

De olho

Sabendo disso, é também na internet que os candidatos vão se dedicar para conquistar votos, mesmo porque a legislação que rege a propaganda eleitoral é menos restritiva quanto às redes sociais. O grande problema, para o eleitor, é que também as fake news, utilizadas sobretudo para a desconstrução de adversários, encontra nas mídias sociais campo fértil para proliferação. A sondagem do Paraná Pesquisas foi registrada na Justiça Eleitoral sob nº BR-00884/2018.

Síndrome do plantonista

Tem gente maldosa querendo enxergar semelhanças entre o desembargador do TRE/PR Luiz Fernando Penteado e o desembargador Rogério Favreto, do TRF4. Penteado discordou de um ato do presidente em exercício do STJ, ministro Humberto Martins, que há dez dias devolveu ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal, a responsabilidade de conduzir o inquérito em que o ex-governador Beto Richa é investigado por supostos ilícitos graves. Favreto também ignorou decisões hierarquicamente superiores ao mandar soltar o ex-presidente Lula.

Inquérito fatiado

O STJ concordou com os argumentos da juíza da 177ª Zona Eleitoral de Curitiba, Mayra Rocco Stainsack, segundo os quais o inquérito deveria ser fatiado em duas partes – uma que investigava delito de caixa 2 por recebimento de R$ 2,5 milhões da Odebrecht para financiar a campanha re-eleitoral de Richa, e outra para investigar indícios de corrupção, lavagem e fraude a licitação. Uma na Justiça Eleitoral, a segunda na Criminal.

De volta

As coisas pareciam bem assentadas, mas eis que o desembargador Penteado discordou e mandou Moro devolver tudo para a Justiça Eleitoral. Beto Richa comemorou. Maldosas são as pessoas que enxergam na nomeação por Richa, em novembro passado, de uma filha de Penteado para um cargo em comissão no governo do Estado, um motivo para que o desembargador se considerasse suspeito para tomar a decisão que, em tese, beneficia o ex-governador.

Barros, candidato a vice de Alckmin?

Os progressistas fazem convenção na manhã desta quinta-feira (2) em Brasília e podem decidir o que parecia coisa ainda não pensada pelos estrategistas políticos: a indicação do deputado federal paranaense Ricardo Barros para ser o vice da chapa de Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB. Ante o perigo iminente de o PP, por orientação de seu presidente nacional, senador Ciro Nogueira, vir a se encostar em Ciro Gomes (PDT), a maioria dos progressistas tratou logo de achar outra solução. E a solução encontrada foi a de indicar o ex-ministro da Saúde Ricardo Barros para ser vice do presidenciável tucano Geraldo Alckmin. Se a tese sair vitoriosa na convenção, o nome de Barros será, então, levado à apreciação de Alckmin. Barros não resolve o interesse inicial de Alckmin de ter como vice alguém do Nordeste ou uma mulher, mas dá corpo à sua chapa e obtém o consenso do “centrão” – a penca de partidos liderados pelo PP que decidiu compor a aliança partidária em torno do ex-governador paulista.