Política

Câmara pode criar comissão para analisar condutas de vereadores de Umuarama

Composição da comissão deverá ser feita em sessão ordinária

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Dois vereadores de Umuarama poderão ter condutas analisadas em casos distintos que geraram denúncias por parte de assessores da prefeitura municipal e de uma repórter que atua no município. Na sessão prevista para acontecer na noite da segunda-feira (23), estava prevista a constituição de comissão para analisar as respostas as notificações feitas aos vereadores.

Um dos casos chegou a ser muito divulgado e trata-se de uma gravação em vídeo feito por um assessor de gabinete do vereador Deybson Bitencourt (PDT) da chegada e saída e saída de um servidor público municipal, um funcionário da Sanepar e de dois vereadores a uma reunião mantida com o presidente da Câmara.

O vídeo foi compartilhado em redes sociais, seguido de uma denúncia de que a reunião deveria ser integrada também por membros de comissão parlamentar. Não se tratando de um ato regimental, a reunião apenas serviu para tratar de assuntos relacionados à futura contratação de empresa de saneamento básico em Umuarama.

O caso chegou a ser transformado em denúncia na delegacia e retornou ao âmbito legislativo. De acordo com Deybson, o fato da constituição de uma comissão é apenas um ato regimental e que está tranquilo quanto a uma eventual cassação. “Simplesmente recebi o vídeo e divulguei em redes sociais”, comentou.

‘Fake news’

O outro caso envolve a vereadora Ana Novais, que teria compartilhado no whatsapp um áudio enviado a ela onde uma repórter estaria supostamente tramando contra um vereador e contra uma terceira pessoa. Neste mesmo áudio, o nome da vereadora chegou a ser mencionado. Seriam duas mulheres conversando. “Temente um mal futuro, resolvi enviar o áudio para a um advogado, e para algumas pessoas que poderiam me aconselhar a respeito do fato. Fiquei assustada. Diziam que iriam comprar chip do Paraguai e iriam armar contra o vereador Deybson e outra pessoa, dizendo ainda que não gostavam de mim”.

A vereadora que também fez sua defesa na Câmara, relatou que está tranquila. “Não fiz nada de errado, somente compartilhei uma informação que me deixou assustada. Não infringi nenhuma conduta ética e regimental. O áudio falava de mim, somente me assustei, e tentei me proteger”.

Sessão não acontece

A Sessão Ordinária que deveria acontecer na segunda-feira (23) chegou a ter os trabalhos iniciados, com leitura de expediente e da liberação aos parlamentares para pronunciamentos na tribuna livre. Quando foi iniciada a divulgação da pauta da ordem do dia e apreciação das matérias, a assessoria jurídica instruiu o presidente para que não desse início aos debates e às discussões, devido à falta de quórum, uma vez que se fizeram presentes cinco vereadores apenas (metade das cadeiras). Os outros cinco justificaram ausência ou por se enquadrarem em grupo de risco por terem mais de 60 anos, ou, por terem familiares em grupo de risco, o que exigiria dos mesmos mais cuidados tendo em vista a propagação do coronavírus. Os vereadores que faltaram à sessão foram Newton Soares, Ronaldo Cruz Cardoso, Toninho Comparsi, Maria Ornelas e Junior Ceranto.