Brasília – A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 127,747 bilhões em fevereiro, o melhor resultado para o mês na série histórica da Receita Federal, iniciada em 2000. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 4,3% na comparação com o mesmo mês de 2020.
Em relação a janeiro deste ano, houve queda de 29,72% no recolhimento de impostos.
De acordo com a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado decorre do comportamento das principais variáveis macroeconômicas no mês e da arrecadação extraordinária de R$ 5 bilhões a mais no Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Com isso, a arrecadação desses tributos teve uma alta real de 40,35% em relação a igual mês de 2020, quando não houve esse fator específico.
A arrecadação de tributos sobre o comércio exterior também influenciou o resultado. Por outro lado, as compensações tributárias cresceram 82,94% em relação ao mesmo mês de 2020;
No ano, a arrecadação federal somou R$ 307,968 bilhões, também recorde para o primeiro bimestre. O montante ainda representa um avanço real de 0,81% na comparação com os primeiros dois meses do ano passado.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que os primeiros resultados de março da arrecadação federal mantiveram o ritmo de crescimento, mas admitiu que as receitas do governo federal devem sofrer um impacto com o recrudescimento da pandemia a partir da segunda quinzena deste mês. “Com essa nova pancada na economia brasileira, é evidente que devemos sofrer algum impacto na segunda quinzena de março e em abril”, reconheceu.