Paraguai: após roubos e fraudes, Cidade do Leste aumenta rigor na fiscalização contra "piranhas"

Preocupados com o prejuízo no comércio de Cidade do Leste no Paraguai, o município decidiu aumentar a fiscalização contra os chamados “piranhas” que são pessoas que se passam por guias turísticos para cometer roubos e fraudes contra turistas. A reportagem é do Jornal La Clave.

A Portaria 008/2015 de Cidade do Leste que proíbe os guias turísticos não autorizados pela Secretaria Nacional de Turismo (Senatur) é outra norma que vinha sendo descumprida. Desde a reabertura da Ponte da Amizade, vários visitantes já foram vítimas desses criminosos. O resultado dessa situação é o enorme prejuízo que causa ao comércio, já que os compradores brasileiros preferem se deslocar para outras áreas de fronteira, como Uruguai ou Bolívia.

O diretor de fiscalização da Prefeitura Municipal de Cidade do Leste, Javier Miranda, explicou que nos próximos dias as casas comerciais serão obrigadas a informar sobre o trabalho das pessoas que farão o trabalho do guia turístico, que, em geral, eles distribuem panfletos nas vias públicas.

“O comerciante deve informar quantos panfletos serão distribuídos, onde e quem será a pessoa que fará esse trabalho, a fim de identificar quem realiza esse serviço. A empresa que descumprir será sancionada ”, disse Miranda. Acrescentou que a portaria 008/2015 proíbe “o exercício do serviço de guia turístico nas vias públicas a todas as pessoas que não estejam legalmente autorizadas pela Senatur e inscritas por regulamento no Cadastro Nacional de Turismo para a realização esta atividade de trabalho ”.

Miranda admitiu que o Município deve estar mais presente no microcentro para realizar esses controles, já que fraudes e roubos deixam uma imagem ruim para a cidade e, portanto, este município fronteiriço já está perdendo mercado e os compradores preferem ir para Uruguai ou Bolívia. Ele afirmou que em reunião realizada no Governo do Alto Paraná com funcionários da referida instituição, a Polícia Nacional e a Câmara de Comércio, foram analisadas ações para dar uma solução a situação.

Ele relatou que existem “casas comerciais de fachada”, nos recessos de algumas galerias, alugadas exclusivamente para que bandidos possam levar visitantes estrangeiros para, supostamente, fazer compras, mas acabam trapaceando ou roubando.