Policial

Oficinas têm dificuldades para receber por consertos de viaturas

Com o atraso, algumas delas vão à Justiça reivindicar o recebimento dos serviços

Cascavel – Após ter conhecimento das dificuldades que oficinas mecânicas têm em receber do Governo do Estado valores relativos à manutenção de viaturas, o deputado estadual Marcio Pacheco enviou um requerimento à Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná) solicitando informações sobre o pagamento dos serviços de reparos da frota.

Com o atraso nos pagamentos, algumas destas oficinas vão à Justiça reivindicar o recebimento dos serviços. Outras empresas também estariam se recusando a fazer serviços de manutenção em viaturas. A situação ocorre principalmente na Grande Curitiba. Sem crédito na capital e na região metropolitana, o governo precisa levar os veículos para o interior do Estado para a realização de reparos.

Em resposta ao ofício protocolado pelo deputado junto à pasta, a Secretaria afirmou que o pagamento dos serviços é de responsabilidade de uma empresa terceirizada, a JMK Serviços Ltda., contratada pelo governo para fazer o gerenciamento dos serviços de manutenção da frota do Estado. Conforme o ofício, 1.524 viaturas, das polícias Civil e Militar e demais órgãos pertencentes à Sesp, estão paradas à espera de manutenção.

“No último dia 11 de fevereiro foi realizado o pagamento daquelas notas fiscais que se encontravam em condições de serem liquidadas”, informou a Secretaria de Segurança Pública, em ofício.

No documento não consta o valor depositado. Entretanto, informações extraoficiais repassadas à reportagem de O Paraná dão conta de que o montante giraria em torno de R$ 1,3 milhão.

“Vamos aguardar mais alguns dias para verificar se o repasse será feito às oficinas mecânicas. Caso não haja o pagamento, vamos questionar o governo de uma forma mais incisiva”, comenta Pacheco.

“Isso não pode ocorrer. A população está sofrendo com a insegurança. Nas ruas ouvimos diversas reivindicações da população e constatamos que, depois da saúde, a segurança pública é a principal reclamação”.