Cascavel – Estes policiais empreenderam todo seu esforço. Foram a campo sem saber direito o que estava acontecendo. Até então, não havia muitas informações do que se tratava. Foram efetuadas quatro prisões e foi reestabelecido o controle da ordem publica, disse o secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, ao se referir à força-tarefa que chegou a Cascavel após os seguidos ataques a ônibus do transporte público.
Mesquita e a cúpula de Segurança Pública do Estado estiveram ontem na cidade para traçar diretrizes de ações de combate aos atentados registrados na segunda-feira. Conforme o secretário, não estão descartadas novas ações criminosas. O trabalho é feito para evitar novas ações, mas não podemos descartar essa possibilidade. Caso venha acontecer, estamos preparados para dar uma resposta rápida.
Uma força-tarefa, formada por 95 policiais militares e 80 policiais civis, das regiões Oeste e Sudoeste do Estado e de Curitiba, foi mandada a Cascavel para reforçar a segurança e investigar a origem dos ataques. Há a necessidade de entender melhor esses fatos e buscar os demais envolvidos. Precisamos esclarecer a cadeia de comando dessas ações e evitar que novos atentados venham a acontecer, afirmou Mesquita.
O secretário de Segurança Pública descartou a participação de qualquer facção criminosas nos ataques, reiterando que os atentados aconteceram como forma de protesto a ações locais da polícia. Não existe relação com facções. Há apenas indícios de que sejam represálias por conta de ações locais da polícia. Não há ordem de crime organizado, ressaltou Mesquita.
Bate grade na 15ª SDP
Na tarde de ontem, o Pelotão de Choque da Polícia Militar realizou um bate-grade no cadeião da 15ª SDP (Subdivisão Policial), já que havia a suspeita de que ordens para os ataques tivessem sido dadas do interior da carceragem. Durante a revista, foram apreendidos 29 celulares, carregadores, porções de maconha, além de brocas e barras de ferro. De acordo com o secretário de Segurança Pública, Wagner Mesquita, a força-tarefa vai investigar se houve a participação indireta de presos no ataque. Só a investigação vai dizer se houve participação de algum indivíduo preso. Caso seja comprovada, haverá a remoção dos envolvidos para outras regiões, comentou.