A família de Andressa Brito de Souza Lima emitiu uma nota na manhã desta sexta-feira (18) agradecendo a todos que contribuíram para que a justiça tenha sido feita na condenação de Valdecir José do Prado, condenado por matar a jovem em fevereiro de 2020 na Vila Cajati na área rural de Cascavel.
Confira a nota na íntegra:
Nós da família Brito de Souza gostaríamos de agradecer a Deus em primeiro lugar e depois a todos que contribuíram para que a pessoa que matou um pedaço de cada um aqui em casa, fosse preso e condenado…
Que tirou de mim o direito de ter minha irmã comigo, aos nossos pais negou o abraço quentinho da filha mais nova, e retirou do filho a sabedoria e amor de uma mãe maravilhosa e cheia de vida e alegria.
Gratidão a Todos🙏🏽🙏🏽🙏🏽… Gostaria de comemorar mas não trará minha irmãzinha para mim, para nós.
Ele tem o direito de se defender mas negou isso a ela, isso me revolta 🙏🏽
Dehssa como a chamávamos desde pequenininha, Te amamos pra sempre!
O crime
Andressa Brito de Souza Lima, 26 anos, foi estuprada e morta a facadas dentro de casa na Vila Cajati, área rural. Além disso, o bebê dela, de dez meses, também foi ferido e, de acordo com a Polícia Militar, o assassino teria tentado sufocá-lo.
Valdecir José do Prado foi preso cinco dias após e foi julgado nessa quinta-feira (17) em Cascavel.
Ele foi condenado a 33 anos e 10 meses de prisão por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com uso de meio que dificultou a defesa da vítima, e pelo crime de estupro.
O advogado de defesa, Arley Mozel, disse que já se manifestou para recorrer da decisão e aguarda decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
Durante o julgamento, segundo Mozel, Prado confessou ter matado a vítima, mas negou o crime de estupro.
O julgamento do réu começou em abril, mas foi adiado a espera de um laudo da perícia.
O novo juri ocorreu após a perícia ser concluída e confirmar que o material genético encontrado na vagina da vítima era de Prado.
Julgamento
O júri foi composto por três mulheres e quatro homens, sendo que todos votaram pela condenação de Prado. O julgamento teve início às 9h30 e término perto das 18h.
“O juri foi rápido porque o exame de DNA não tinha como ser contestado. Não paramos o julgamento e dispensamos um policial de prestar depoimento”, explicou o advogado de acusação, Ricardo Bantle.
De acordo com Bantle, foram ouvidas duas testemunhas que viram Prado entrando e saindo da casa de Andressa, além de uma perita, que fez esclarecimentos técnicos sobre o material genético encontrado no corpo da vítima.
“Como profissional é muito satisfatório e como cidadão também, pois o processo não deixou dúvidas. Então, como advogado, em momento algum pensei que poderia estar fazendo algo errado, que poderia estar condenando alguém inocente, tinha a convicção de que estava fazendo um bom trabalho, com base em uma investigação que não teve vícios”, disse Bantle.
O advogado disse ainda que o caso da Andressa movimentou o cenário policial da cidade e contou com uma boa investigação desde o início por ter sido um crime grave. Os depoimentos colhidos pela polícia foram iguais durante o julgamento.
Com informações G1 Paraná