Cascavel – A diretoria do Conseg (Conselho de Segurança de Cascavel) passou a ser presidida por Mauri Barbosa nesta semana, assumindo o conselho no momento em que a onda de criminalidade que vem ocorrendo na cidade nas últimas semanas aumentou de forma muito preocupante. Naturalmente, o conselho tem o desafio de buscar novas soluções para reduzir a sensação de insegurança na cidade.
Inicialmente, a proposta é realizar encontros com cada órgão de segurança para buscar ações específicas, mas também envolver todos: sociedade, poder público (Executivo e Legislativo) para traçar ações que tenham resultados a curto prazo. Mauri Barbosa, novo presidente do Conseg, destacou que a quantidade de arrombamentos e de assaltos está muito elevada, com mais de 70 casos registrados somente na última semana, além daqueles que as pessoas acabam nem registrando o boletim de ocorrência. “O Estado está divulgando que os casos diminuíram, mas a nossa realidade local é outra, temos muitos casos todos os dias e precisamos trabalhar para combater isso, a sociedade está preocupada”, falou.
Barbosa disse que a partir de agora, o Conseg vai trabalhar de forma mais “firme” e junto com o Executivo e a Comissão de Segurança da Câmara Municipal. Segundo ele, um dos principais problemas tanto na Polícia Militar quanto na Civil é a falta de efetivo que demanda ação administrativa e política. “Precisamos ampliar os debates e as ações, envolvendo inclusive os deputados, já que a situação está alarmante e sociedade está bastante apreensiva”, relatou.
“Também temos o problema social da vinda de pessoas de fora para a cidade, que está piorando a situação”, falou. Sobre essa questão, Mauri citou ainda que existem locais com problemas mais específicos em Cascavel, entre eles, a antiga rodoviária, que tem cada vez mais sido ponto de encontro de “meliantes”.
No começo deste de mês uma reunião foi realizada na Amic PR (Associação das Micro e Pequenas Empresas) e reuniu os representantes do setor de segurança pública de Cascavel para discutir o problema do aumento da criminalidade. A presidente da Amic PR, Sonia Xavier, abordou exatamente o aumento dos crimes registrados no setor empresarial, que deixa a situação ainda mais delicada. Segundo ela, além de todas as consequências impostas pela pandemia, a insegurança agrava o desânimo dos empresários.
No encontro, a delegada-chefe de Cascavel, Mariana Vieira, deixou claro que um dos caminhos é justamente cobrar das autoridades estaduais, prioridade no plano de investimentos na segurança pública. “No primeiro trimestre os crimes contra patrimônios excederam 2 mil registros. É um volume muito grande, mas temos problemas operacionais, de efetivo, para que possamos desenvolver as investigações”, disse na ocasião, comprovando as afirmações do presidente do Conseg de que a realidade apresentada pelo recente balanço estatual vai no sentido contrário a de Cascavel.
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