O júri popular dos cinco acusados da morte da psicóloga Melissa Almeida Araújo entra hoje no terceiro dia. Melissa foi morta na entrada de casa em Cascavel, em maio de 2017, vítima de uma emboscada.
O Tribunal do Júri ocorre no auditório da Sede Ahú da Secretaria de Justiça do Paraná em Curitiba e é presidido pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba. Somente um dos acusados está presente; os demais irão prestar depoimento de forma virtual dos presídios onde estão.
Melissa estava com o marido e o filho no dia do atentado, mas os dois sobreviveram. Ela atuava como agente na Penitenciária Federal de Catanduvas e teve sua rotina monitorada por pelo menos 40 dias, sendo considerada um alvo de “fácil alcance”, de acordo com as investigações, que concluíram que o crime foi represália à atuação do Estado no controle da disciplina interna nas unidades do sistema carcerário federal.
Segundo a acusação, os denunciados agiram no interesse do PCC (Primeiro Comando da Capital), maior facção criminosa que atua em território nacional com propósito de vingança a funcionários e autoridades do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), e também motivados pela ideia de intimidação de toda a categoria de agentes penitenciários federais.
No primeiro dia do júri, foram ouvidas a vítima sobrevivente, o policial civil marido de Melissa, o delegado da Polícia Federal Marco Smith, que conduziu as investigações, e uma testemunha civil que era proprietário de uma residência alugada pelos acusados.
Ontem pela manhã houve deliberações e oitivas de cinco testemunhas de acusação e, à tarde, quatro testemunhas foram ouvidas durante o Júri. No total, nove depoentes foram ouvidos até o fechamento desta edição.
A previsão é de que o júri seja concluído na noite de sexta-feira ou no sábado.
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