Opinião

Coluna Juliano Gazola: as migalhas do chão

Infidelidade é estar sentado à mesa, mas escolher se alimentar das migalhas do chão

Coluna Juliano Gazola: as migalhas do chão

Infidelidade é estar sentado à mesa, mas escolher se alimentar das migalhas do chão.

Quantas vezes ouvimos tristes histórias de infidelidade. Em sua maioria, homens e mulheres inseguros que foram cegados por distrações e que perderam a própria identidade. Assim como homens e mulheres que tiveram uma imensa falta do masculino e do feminino na vida infantil. Vivendo uma eterna busca pelo pai e pela mãe.

A infidelidade é um veneno que precisa ser destruído no mesmo instante em que se percebe sua instalação na mente. Ela não é do tipo que se deixa ir para ver onde vai dar. A infidelidade trai até mesmo a sua razão e confiança em si mesmo. Assim como uma droga, ela te deixa anestesiado em uma realidade que não existe, visando à destruição dos seus relacionamentos.

A confiança é um dos pilares para estabelecer um relacionamento. Ela é firmada naturalmente no outro e é a partir dela que se discorre a relação. A quebra da confiança se dá quando uma das partes é tomada por uma insatisfação pessoal que a leva a romper com seus princípios e valores.

Soma-se o fato das carências afetivas de pai e mãe, pois isso possui imensa relevância na vida de homens e mulheres que são infiéis. Percebo tais comportamentos, infelizmente, com grande frequência nas sessões de Bioliderança®.

É muito comum um homem que acreditou não ter recebido o afeto, o amor, a proteção do seu primeiro grande amor, ou seja, da sua mãe, e, no futuro, na vida adulta, passar a vida toda procurando por esses sentimentos nas demais mulheres de sua vida. Isso fica evidente em ambos os sexos, mostrando os abismos sentimentais e a vulnerabilidade que o ser humano possui.

Não se engane, pois quem é traído pela infidelidade é quem a comete, pois trai a si mesmo, ao Criador e aos seus valores. Isso já é trágico, e, se não haver entendimento completo dos motivos e das faltas ao longo da vida, a infidelidade tende a não ter fim, sendo uma constante para quem não olhar e resolver com movimentos firmes em direção às curas individuais.

Em qualquer relação afetiva, seja com o cônjuge, filhos e familiares, é importante manter sempre em mente as implicações de amar e respeitar essas pessoas como você gostaria de amar e ser respeitado. Você sempre sairá perdendo de viver momentos intensos e maravilhosos com quem realmente é prioridade em sua vida.

A sua insensibilidade, sua falta de conhecimento sobre o porquê das coisas, não te permite ver que você tem o relacionamento que merece porque não se interessa em plantar novas sementes, mas ainda assim deseja colher novos frutos.

Existe uma grande lei, a do equilíbrio, que diz que sua contribuição para chegar a esse estado é de 50%, e a responsabilidade de resolver esse problema também é sua.

Elimine todos os álibis da sua infidelidade, pois, se você é capaz de honrar suas faltas afetivas, de pensar e nutrir o pensamento de ser infiel, então é capaz, com força superior, de parar de fazer.

Abandone esse veneno que destrói seu caráter, antes que seus relacionamentos marquem você negativamente para sempre.


Juliano Gazola é fundador da Bioliderança® no Brasil, business executive coach, reprogramador biológico

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