OPINIÃO

Coluna Juliano Gazola

Descubra a importância da liderança eficaz e responsabilidade divina na gestão. A reflexão do Salmo 82 vai além da crítica aos maus governantes
Descubra a importância da liderança eficaz e responsabilidade divina na gestão. A reflexão do Salmo 82 vai além da crítica aos maus governantes

Altar da Maturidade

A maioria dos líderes deseja paz. Mas poucos estão dispostos a caminhar pelas estradas estreitas que levam até ela. A paz não é ausência de conflito. É fruto de enfrentamento maduro.

Jesus ensinou que, se estivermos diante do altar com uma oferta e nos lembrarmos de que há conflito com alguém, o culto deve ser interrompido. Isso é chocante. Em outras palavras, a reconciliação precede a adoração. O relacionamento vem antes do ritual. A verdade antes da liturgia.

Líder, reflita: talvez Deus não esteja recebendo sua “oferta” de resultados, metas e desempenho — porque seu coração está dividido entre a aparência de santidade e a realidade do rancor.

O conflito é inevitável. Mas a omissão é uma escolha. E uma escolha covarde.

Davi se omitiu diante do pecado de Amnom. Fugiu de Absalão. Adiou o confronto. E colheu rebelião. Quando um líder evita o conflito, ele alimenta silenciosamente a serpente da divisão. A procrastinação relacional desemboca em tragédias institucionais.

Por outro lado, Jesus nos oferece outro caminho: o da coragem. Enfrentar o conflito de frente. Falar com o irmão. Ir até ele. Resolver. Sem desculpas. Sem fofoca. Sem terceirização.

Essa é a liderança com alma. Aquela que prefere o desconforto de uma conversa difícil à falsa harmonia do “está tudo bem”.

Paulo, em Efésios 4, nos dá a fórmula: humildade, mansidão, paciência, amor. Isso não é fraqueza — é força sob controle. Só os fortes perdoam. Só os grandes se humilham. Só os eternos vivem além do ego.

Conflitos não são maldições. São portais. Deus os usa como espelhos. Neles enxergamos nossos limites, nossas sombras, nossas máscaras. Se aceitarmos o processo, saímos mais maduros, mais inteiros, mais verdadeiros.

Sua liderança está em conflito? Glória a Deus! Você está em solo fértil de crescimento.

Mas não fuja. Não espiritualize sua omissão. Não chame de “estratégia” o que, na verdade, é medo disfarçado.

Seja homem. Seja mulher. Seja imagem de Deus. E vá até quem precisa te ouvir — ou quem você precisa ouvir.

Conflito é altar. E altar é lugar de sacrifício. Sacrifique o ego. A vingança. A razão absoluta.

Crie uma cultura de reconciliação. Ensine seu time a resolver diretamente. Elimine o ciclo das fofocas. Rompa com o hábito de desabafar antes de confrontar.

Lidere com coragem. Lidere com reconciliação. Lidere com maturidade.

Porque o céu só se abre onde há verdade. E a verdade só habita onde há humildade.

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