
O amor cego pela família busca a expiação
Brasil - Sobre os membros da família atua uma forma bem específica de amor que Bert Hellinger designa “amor de vínculo” (Bindungsliebe). É uma forma de amor cego capaz de matar e morrer, se necessário for, para salvar outro membro.
O amor de vínculo é o sentimento que expressa nosso profundo anseio de pertencer à família, de perceber-se acolhido e aceito nela. Para alcançar isso somos capazes de tomar sobre nós o destino trágico de outro membro ou mesmo assumir por ele a culpa.
O amor de vínculo nos prende ao bom e ao ruim de nosso sistema familiar. A família é a fonte do poder que nos sustenta, mas é também o que nos vincula a tudo o que foi mal resolvido nela.
O amor de vínculo nos torna corresponsáveis por tudo o que foi mal resolvido na família. Carregamos em conjunto o peso das consequências das falhas cometidas, mesmo que não saibamos nada sobre isso. Os inocentes do sistema familiar pagam (expiam) as consequências das falhas de seus antepassados.
Para ficar num exemplo trazido por Bert Hellinger sobre como funciona esse processo de expiação. Os filhos saudáveis querem tornar-se semelhantes aos seus pais doentes e, mais tarde, membros inocentes da família querem tornar-se semelhantes aos pais e antepassados culpados. Desse modo, os saudáveis sentem-se responsáveis pelos doentes, os inocentes pelos culpados, os felizes pelos infelizes e os vivos pelos mortos.
Quando assumimos o negativo de outro membro da família – e o fazemos por amor! – fracassamos. Muitas vezes a pessoa acredita que o seu negativo ficaria resolvido se assumisse o negativo de outra pessoa. O negativo de outra pessoa é muitas vezes mais fácil de suportar do que o próprio.
JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar
Siga no Instagram ⬇️
https://instagram.com/amparar.terapias?igshid=ZDdkNTZiNTM
Siga no YouTube⬇️
https://www.youtube.com/@amparar.terapias
Siga no Facebook⬇️