Especialistas disseram – e repetiram – que a humanidade já enfrentou doenças (e ameaças) muito mais perigosas que o novo coronavírus. Após dois meses, o epicentro da epidemia, a China, já mostrou que a situação começa a ser controlada. E, embora o Covid-19 tenha se espalhado pelo mundo, as ações e os monitoramentos mostram que todos têm condições de lidar com o problema. Então por que tanto alarde?
As bolsas do mundo inteiro despencaram, inclusive as brasileiras, e o dólar disparou. Durante a semana, o “Rei da Bolsa”, Luiz Barsi, disse que estava “adorando ver as quedas”. Ninguém ri a toa. Sinal de que alguém está ganhando dinheiro com essa instabilidade talvez não tão natural assim.
Mesmo que a OMS tenha elevado o grau de risco da disseminação da doença, a própria organização já deu as dicas de como cada nação pode evitar que ela se espalhe. E, mesmo que se espalhe, seu grau de letalidade é menor que outros vírus que já nos rondaram, menor até que a própria gripe A, a qual já aprendemos a conviver e nos precaver.
A se considerar todos esses fatores, fica difícil de entender que esse terremoto nos mercados mundiais seja decorrente apenas do medo de um vírus novo. Mais parece uma tentativa de “acertar a carga” chacoalhando bem a carroç1a, em um perigoso e caro jogo de ganhar dinheiro por meio da instabilidade.
Agora, se de fato existe uma mão invisível bagunçando o mercado, cabe a nós, Brasil, dedicarmos ainda mais atenção aos nossos deveres de casa, que é algo que temos todo controle. Esquecer de picuinhas e avançar nas reformas é o mais sensato e prudente a ser feito, além de representar exatamente aquilo que se propuseram todos os que foram eleitos.