O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) cumpre 32 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira na residência de empresários e sedes de construtoras envolvidas nas licitações para obras de reforma e construção de escolas estaduais no Paraná. A ação faz parte da sexta fase da Operação Quadro Negro, que investiga irregularidades em obras de reforma e construção de escolas estaduais do Paraná.
São 27 alvos em Curitiba, três em Cascavel e um em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Não foram expedidos mandados de prisão, mas uma pessoa foi presa por desacato a autoridade.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), foram desviados mais de R$ 20 milhões da Secretaria de Educação do Paraná por meio de aditivos irregulares e medições de obras não executadas.
O ex-governador Beto Richa foi preso preventivamente em março deste ano por obstrução de justiça nas investigações da operação. Duas semanas depois ele foi solto após uma decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que considerou que os fatos que levaram à prisão de Richa eram antigos.
Ao todo, sete processos criminais integram a operação. Beto Richa é réu em três deles, pelos crimes de corrupção passiva, obter vantagem e prorrogação indevida em contrato de licitação, obstrução de justiça e organização criminosa. Ninguém foi condenado.