Política

Empresários russos conhecem os projetos da Nova Ferroeste

Projeto de ligação entre Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá, incluindo o ramal Cascavel a Foz do Iguaçu, foi apresentado a representantes da RZD International.

Foto: Jaelson Lucas/ANPr
Foto: Jaelson Lucas/ANPr

Os projetos do Corredor Oeste de Exportação – Nova Ferroeste, que deverá ligar Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá, incluindo o ramal Cascavel a Foz do Iguaçu, foram apresentados aos empresários da RZD International, uma operadora do sistema ferroviário russo.

A apresentação foi feita pelo representante da Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes, na área de parcerias, Luiz Henrique Fagundes, na sexta-feira (08), no Palácio Iguaçu. Participaram o diretor-geral de Desenvolvimento da RZD International, Sergey Stolyarov, e o diretor para América Latina da RZD International, Andree Grebenyuk.

Fagundes explicou que o Paraná já tem o apoio do Governo Federal para tocar o projeto. Ele mostrou o potencial de carga da Nova Ferroeste, detalhou o ramal Foz do Iguaçu – Cascavel, considerado o hub Logístico da América do Sul, apresentou o cronograma estimado para execução. Ele disse que o Corredor Oeste de Exportação é o maior desafio ferroviário do Brasil.

“O projeto ferroviário que conectará o setor produtivo do Oeste do Paraná, o Mato Grosso do Sul e Paraguai ao Porto de Paranaguá exige empresas com alta capacidade de investimento, grande capacitação em engenharia e experiência ferroviária. A RZD sem dúvida preenche estes requisitos”, destacou Fagundes.

Estiveram presentes na reunião o diretor de Produção da Ferroeste, Gerson Almeida, e o assessor na área de parcerias da Secretaria do Planejamento, Claudinir Franco; o superintendente do Programa Estruturante da Casa Civil, João Schneider, e o gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), João Arthur Mor.

“O modal ferroviário é mais barato, eficiente, economiza energia e combustível, emite menos carbono do que o modal rodoviário e elimina o grande fluxo de caminhões nas estradas, reduzindo o número de acidentes”, disse João Arthur Mor. Ele é bom no ponto de vista econômico, social e ambiental, e esse interesse dos russos em vir conhecer e estudar os projetos, mostra a viabilidade da Nova Ferroeste’, ressaltou.

EXPERIÊNCIA – A RZD International já construiu 85 mil quilômetros de trilhos (o Brasil possui uma rede de cerca de 30 mil quilômetros de extensão). Ela oferece serviços e tecnologias para construção de ferrovias, desde estudos de pré-viabilidade até o detalhamento do projeto e comissionamento de projetos turnkey.

“Foi uma ótima oportunidade para tomar conhecimento das iniciativas de aumento da capacidade de transporte de carga do Paraná, através do desenvolvimento da infraestrutura ferroviária”, disse Sergey Stolyarov. “Temos grande interesse em participar do plano de desenvolvimento do Estado que é aumentar a capacidade de transporte e do aumento de eficiência da infraestrutura logística rumo a Paranaguá”, comentou.

NOVA FERROVIA – O Governo do Paraná já deu o primeiro passo para elaboração de um estudo ferroviário que contemplará 1.370 quilômetros. Em setembro, foi publicado no Diário Oficial da União, o aviso de manifestação de interesse de empresas nacionais e internacionais para contratação dos serviços de elaboração dos estudos de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica dos projetos: Nova Ferrovia – Paranaguá a Maracaju (MS) e do Ramal Ferroviário Cascavel a Foz do Iguaçu.