São Paulo – A crise do São Paulo não é só dentro de campo, após a derrota de 6 a 1 para o rival Corinthians. Fora, a nova diretoria continua tentando aliviar os problemas financeiros e recorreu a bancos para conseguir respirar neste fim de ano. A diretoria financeira pediu empréstimo de R$ 25 milhões ao Bradesco nos últimos dias. Mas, num primeiro momento, o banco só aceitou ceder R$ 7 milhões.
De acordo com o apurado pela reportagem, R$ 25 milhões seriam o quanto o clube precisa para arcar com as despesas do fim do ano. Inclui-se aí pagamento da folha salarial – cerca de R$ 5 milhões/mês apenas com salário do profissional – e todos os encargos trabalhistas, como 13º e férias dos atletas, além de todos os funcionários da instituição, hoje em torno de 900. O clube hoje possui R$ 5 milhões em caixa, ainda fruto da cota de direito de transmissão do Campeonato Paulista-2016, de R$ 17 milhões pagos pela TV Globo.
O São Paulo confirma o valor pedido, bem como o montante recebido do Bradesco, mas faz algumas ressalvas. Por meio de assessoria de imprensa, o clube informou que há outras negociações mais avançadas inclusive com o próprio Bradesco para novos aportes e que os R$ 25 milhões não são somente para pagamento de contas de fim do ano.
Vale lembrar que a divida bancária do Tricolor está na casa dos R$ 150 milhões e geram gastos de R$ 8 milhões mensais por amortização. Se incluir os débitos fiscais, o montante devido pelo clube está na casa dos R$ 280 milhões atualmente.
A nova diretoria, nomeada pelo presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, tomou posse no último dia 5. Leco assumiu com a renúncia de Carlos Miguel Aidar, em outubro, após denúncias de corrupção, e escolheu o empresário Adilson Alves Martins como diretor financeiro. O objetivo é diminuir a dívida construída pelas últimas gestões e o mandatário se diz confiante em conseguir.
Leco ainda conta com o apoio do empresário bilionário Abilio Diniz, torcedor fanático do Tricolor. No entanto, mandou embora nos últimos dias o executivo Alexandre Bourgeois, que tinha um plano de gestão profissional cujo principal objetivo era aliviar a crise financeira. Bourgeois foi demitido pela segunda vez do clube em três meses e se disse traído ao sair.
(Com informações do Lance!)