Cascavel – Os professores municipais de Cascavel decidiram aceitar a proposta do Executivo Municipal de parcelar o reajuste do piso salarial dos profissionais do magistério em seis vezes totalizando 23,84%. As parcelas serão aplicadas nos meses de outubro e novembro deste ano, e nos meses de março, maio, julho e setembro de 2023. O valor vai incidir nas tabelas iniciais da carreira dos professores de toda rede municipal.
A proposta foi aprovada durante assembleia, desta vez precencial, realizada na noite de segunda-feira (26), sendo que, dos 474 professores credenciados, 421 votaram a favor da proposta, 42 a favor da construção de greve e 11 se abstiveram. A decisão será protocolada pela a diretoria do Siprovel (Sindicato dos Professores Municipais de Cascavel) de forma oficial na Prefeitura. A reportagem do Jornal O Paraná entrou em contato com o Executivo, que disse que por enquanto, não vai se manifestar.
De acordo com a presidente do Siprovel, Josiane Vendrame, mesmo com a aprovação o sindicato vai continuar buscando negociações com o Executivo. “Aceitar a proposta não é perder, é melhorar nosso salário e mostrar nossa força para manter a mesa de negociação permanente e avançar nas demandas da categoria”, ressaltou, reforçando que a categoria apresentou o tempo todo a união na luta pelos direitos.
Ela lembrou que durante assembleia, também foram escolhidos um representante dos professores e outro dos professores de educação infantil para formar a Comissão Central do Processo de Eleição de Diretores. Também foram escolhidos um representante titular e suplente dos Professores da Educação Básica Pública para o Conselho de Acompanhamento e de Controle Social do Fundeb da gestão de 2023 a 2026.
Foto: Reproduução/Facebook/Siprovel
+++
‘Fraude’ segue sob investigação
O Jornal O Paraná já havia trazido reportagem na semana passada relatando que o Siprovel está investigando uma possível fraude na realização da assembleia online da categoria, realizada no dia 2 de setembro, diante da divergência entre a quantidade de votantes e de pessoas que assinaram a lista de presença. A presidente aproveitou a assembleia de segunda-feira para falar sobre o ocorrido, mas que ainda não tem o resultado das investigações.
Segundo Josiane, o sindicato recebeu denúncias de escolas e Cmeis de que no dia ocorreu voto em duplicidade, votos de outros profissionais que não são da categoria e, com isso, o número de pessoas votaram foi maior do que as que assinaram a lista de presença. Por isso, a direção convocou o Conselho de Representantes de Escolas e Cmeis e Comando de Greve para discutir a situação. Nesta reunião foi deliberado por realizar uma nova assembleia e criar uma Comissão de Investigação para apurar o que de fato ocorreu na assembleia para resguardar a instituição sindical.
No dia da assembleia, o sindicato encaminhou aos grupos de representantes um link que dava acesso a assembleia, no qual o funcionário do magistério tinha que indicar o número do RG. Ao fim da assembleia que novamente rejeitou a proposta do parcelamento do piso nacional, o total foi de 972 votantes, mas apenas 729 assinaram a lista.
Josiane disse que a comissão ainda continua trabalhando e que assim que os trabalhos forem concluídos e emitido o parecer, será divulgado a categoria e serão tomadas as medidas cabíveis.
