
Cascavel e Paraná - A Seed (Secretaria de Estado da Educação) do Paraná publicou a lista de 50 colégios que podem ter o modelo cívico-militar a partir do próximo ano letivo. Um deles é o Colégio Estadual Professora Andreia Neres dos Santos, no Loteamento Riviera, além de mais dois que fazem parte do NRE (Núcleo Regional de Educação) de Cascavel, tem ainda o Colégio Estadual Santos Dumont na cidade de Cafelândia e ainda o Colégio Paranaguá, em Vera Cruz do Oeste.
De acordo com a Seed o processo será realizado nos dias 17 e 18 de novembro e contará com envolvimento de toda a comunidade escolar: pais e responsáveis, alunos e professores.
Cascavel conta atualmente com cinco colégios cívico-militares: Colégio Estadual Olivo Fracaro, Colégio Estadual Brasmadeira, Colégio Estadual Júlia Wanderley, Colégio Estadual Santos Dumont e Colégio Estadual Cataratas. Além disso, a cidade também terá um Colégio Militar.
A coordenadora do Departamento de Programas para a Educação Básica da Seed-PR, Cristiane Jakymiu, explicou que os novos colégios foram decididos devido as regras que estão na lei dos colégios cívico-militares de que não pode ter ensino noturno, dualidade administrativa tem que ser apenas da Seed, não pode ter EJA. “Com base nisso definimos as escolas aptas e passamos para a diretoria de planejamento que fez a definição”, explicou.
Riviera
O Colégio Riviera, como é conhecido, foi inaugurado em fevereiro deste ano. A unidade começou a funcionar no início do ano letivo e atende cerca de 1,5 mil alunos dos últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio, mas tem capacidade para receber até 3 mil estudantes em três turnos. Ao todo, o colégio teve um investimento de R$ 13,5 milhões.
Ao todo, são 28 salas de aula equipadas com ar-condicionado, espaços pedagógicos, salas administrativas, refeitório amplo e duas quadras poliesportivas, sendo uma coberta. O terreno, de aproximadamente 10 mil metros quadrados, foi doado pelo Município, garantindo um espaço amplo e adequado para a comunidade escolar. A unidade atende a um bairro populoso, já que faz parte do Bairro Floresta.
No Paraná
Os outros colégios indicados pela a Seed ficam em 34 cidades. Ao todo, elas reúnem 21,3 mil alunos e foram selecionadas a partir de critérios técnicos pelo Departamento de Educação. A regulamentação completa das consultas, com formato e regras de votação, e novas informações serão publicadas nos canais oficiais da Secretaria da Educação nas próximas semanas.
Implantado em 2021, o modelo cívico-militar é coordenado pela Seed-PR e combina a gestão civil com a presença de militares da reserva nas atividades administrativas e no apoio à rotina e organização escolar. O Paraná tem o maior número de colégios da rede do País, com 312, reunindo cerca de 190 mil estudantes, sendo que o programa foi inclusive ampliado com a descontinuidade do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Se todos os novos colégios votarem favoravelmente, serão 362 unidades com cerca de 211 mil alunos.
As últimas notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referentes a 2023, comprovam o sucesso da metodologia. As unidades de ensino deste modelo obtiveram índices de 5,43 nos anos finais do ensino fundamental e de 4,75 no ensino médio, superando a média estadual. Que foi de 5,3 no ensino fundamental II e de 4,63 no ensino médio.
Tempo integral
Na semana passada, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, sancionou a Lei 22.741/2025, que autoriza, a partir de 2026 e mediante consulta pública, a adesão das escolas de educação em tempo integral da rede estadual de ensino o modelo cívico-militar. A proposta prevê a participação da comunidade escolar nas consultas públicas. Elas levarão em consideração a vontade das famílias dos estudantes e demais integrantes das comunidades escolares. A relação das escolas ainda está em estudo e eventuais consultas serão precedidas de publicações no Diário Oficial e portais oficiais do Governo do Estado, onde também constarão as demais informações sobre o processo.
A nova lei manteve a regra que institui que escolas noturnas, CEEBJAs (Educação de Jovens e Adultos), instituições indígenas, quilombolas, conveniadas com APAE, itinerantes, de assentamentos ou com dualidade administrativa não podem participar do programa. Colégios agrícolas que tenham mais de 150 alunos podem entrar no rol no futuro. Em todo o Estado, mais de 10 mil estudantes aguardam matrícula em instituições de ensino que ofertam o modelo de ensino.