Economia

Projeto do IFPR promoverá a capacitação de fruticultores

Parceria entre instituições de ensino promoverá o desenvolvimento regional de Umuarama, contemplando o tripé da sustentabilidade

Projeto do IFPR promoverá a capacitação de fruticultores

UMUARAMA – Professores e alunos do Instituto Federal (IFPR) de Umuarama desenvolveram um projeto que irá garantir a fonte de renda aos fruticultores que vivem e trabalham na região de proteção ambiental (APA) do Rio Piava.

Com o projeto denominado ‘Arranjo Produtivo”, que trata do beneficiamento de frutas como vetor de desenvolvimento socioeconômico de produtores rural, o Instituto, em parceria com a UEM (campus Umuarama) e Associação Produtores Rurais da estrada Jurupoca, através do programa Conectadel (Regional de Formação para o Desenvolvimento Econômico Local com Inclusão Social para o Brasil), pretendem implantar uma cozinha industrial onde haverá o beneficiamento de compotas de frutas. A ação deve garantir geração de renda aos fruticultores.

De acordo com a coordenadora do projeto, professora Norma Barbado, a ideia surgiu através da parceria entre instituições interessadas em promover o desenvolvimento regional.

“O projeto tem como objetivo principal organizar uma cooperativa de pequenos produtores para a realização de beneficiamento de frutas produzindo, compotas, geleias, e cristalização de frutas, entre outras possibilidades”, disse Norma, ressaltando que o local onde os agricultores residem está situado na área de proteção do único manancial que abastece Umuarama. “Na APA (Área de Proteção Ambiental) existem muitas restrições referentes às atividades agrícolas e pecuárias, devido ao impacto ambiental que pode causar à água que é captada naquela região”.

Alternativa

A professora lembra que a instalação do sistema será uma nova oportunidade ás famílias de agricultores que vivem a trabalham naquela região. “Estes produtores terão como garantir uma renda extra vinda da fruticultura, porém não possuem autonomia suficiente para realizar o processo de compostagem e beneficiamento. Com o projeto, poderão agregar valor a seus produtos”.

Safra perdida

Segundo a coordenadora, uma das produtoras que mora naquela localidade, perdeu quase toda a safra de abacaxis por não conseguir oportunidade de comercializar a produção. “Com o projeto produtores que sofreram com problemas assim, terão a oportunidade de reverter a situação financeira, comercializando o produto já beneficiado e favorecendo a permanência dos produtores no campo”, afirma.

Abertura de foco

Norma Barbado destaca que o foco inicial do projeto está nos moradores da estrada Juropoca, mas futuramente os fruticultores da estrada Jaborandi também deverão irão participar. “Inicialmente pretendemos criar o programa com a cozinha industrial dentro de um espaço escolhido com capacidade para atender aos produtores que moram naquela região. Futuramente, o projeto poderá receber produtores da jaborandi, que também estão dentro da APA do Rio Piava”, conta.

Estrutura onde deverá ser instalada a cozinha industrial

Cozinha Industrial

O local escolhido para ser implantada a cozinha industrial, se trata de uma estrutura deteriorada, na estrada Jurupoca e passará por uma grande reforma. “A planta do projeto dá foi montada pelos acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo do IFPR, estamos pleiteando recursos para a mão de obras, temos um pouco de verba, mas não é o suficiente. Vamos unir com a instituições parcerias para que em breve começamos a mão de obra”, destaca Norma. A professora conta também que acadêmicos do curso de Tecnologia em Alimentos da UEM ficarão responsáveis pela orientação na produção.

“O projeto fornecerá desenvolvimento de economia criativa, a partir da venda de produtos saudáveis e do estímulo à preservação ambiental incentivando a fruticultura orgânica”, finaliza Norma, ressaltando que mais de 250 pessoas estão envolvidas no projeto, entre alunos, professores e colaboradores.

Sustentabilidade

De acordo com os organizadores do projeto, Umuarama é uma cidade polo e fica situada numa área estratégica do Noroeste, conseguindo assim, dependendo da capacidade futura de produção, oferecer o produto para unidades de comércio em cerca de mais 20 cidades. “O mercado de fruticultura é promissor e, desta forma, com o crescimento do programa, poderá contemplar o tripé da sustentabilidade sendo ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável”, encerra Norma.