O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu na noite desta quarta-feira (5), por unanimidade, reduzir a Selic, a taxa básica juros, em 0,25 ponto porcentual, de 2,25% para 2% ao ano. Este é o nono corte consecutivo da taxa no atual ciclo e estabelece um novo piso mínimo da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.
A redução era esperada pela maioria dos economistas do mercado financeiro devido à queda da atividade econômica brasileira devido à pandemia. O País também mantém baixa a inflação. A avaliação era de que o BC reduziria a taxa para tentar estimular a economia.
O centro da meta de inflação perseguida pelo BC neste ano é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Para 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00 a 5,00%).
Entenda
Quando a inflação está alta ou indica que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Dessa forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo o crédito e freando o consumo, reduzindo, assim, o dinheiro em circulação na economia. Com isso, a inflação tende a cair.
Em função do corte da Selic, o Brasil segue com juro real (descontada a inflação) negativo. Cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que, com a Selic a 2%, o juro real brasileiro passou a ser de -0,71% ao ano. O País possui agora o 15º juro real mais baixo do mundo, considerando as 40 economias mais relevantes.