AVIAÇÃO

Cascavel a Curitiba: Azul reduz para um voo diário e deve deixar de voar em 13 cidades

Descubra as últimas atualizações sobre as Linhas Azuis e a recuperação judicial da Azul Linhas Aéreas nos Estados Unidos - Foto: Luiz Oliveira
Descubra as últimas atualizações sobre as Linhas Azuis e a recuperação judicial da Azul Linhas Aéreas nos Estados Unidos - Foto: Luiz Oliveira

Cascavel, Curitiba e Paraná - Para renegociar dívidas e evitar possível falência, a Azul Linhas Aéreas entrou em Recuperação Judicial nos Estados Unidos no início do ano, via Chapter 11, processo que deve ser finalizado entre o fim do ano e início de 2026. O procedimento é um recurso utilizado quando uma empresa não consegue mais cumprir com suas obrigações financeiras e busca uma solução para se reestruturar e manter suas operações.

O impacto chegou a Cascavel, com o corte de um dos dois voos diárias para Curitiba. O voo pousava no Aeroporto Regional de Cascavel às 17h55 parou de ser operado desde o dia 4 de agosto. Com isso, a companhia opera neste trecho somente pela manhã. O avião modelo ATR-72 aterrissa em Cascavel às 10h30 e decola por volta das 11h.

Conforme apurado pela reportagem, o prefeito Renato Silva entrou em contato com representantes da companhia e foi informado que “em breve será retomado. O slot para fevereiro de 2026 já conta com o retorno do voo”. 

Assim, Cascavel segue com operações regulares das companhias Azul, Latam e Gol, com voos para Guarulhos, Curitiba, Campinas e Maceió (temporada de férias).

Malha simplificada

Na Apresentação Institucional de julho, divulgada no início deste mês de agosto, a Azul detalhou como será a sua nova malha, mais simplificada e menos pulverizada. Além do foco nos hubs de Belo Horizonte, Campinas e Recife, a empresa sairá de “13 cidades não lucrativas”, além de eliminar “53 rotas com margem de 17% abaixo da média da Azul”, em referência a rotas que têm lucro bem inferior à média interna da companhia. 

Com isso, a estratégia da Azul é focar no que considera “demanda de maior rentabilidade” e atuar com passagens aéreas mais caras.

No plano de negócio, a empresa diz que “a redução nos custos de arrendamento de aeronaves e dos juros, combinada com outras ações operacionais, permitirá que a Azul gere um fluxo de caixa positivo após saída do Chapter11, sem a necessidade de antecipar recebíveis além de meados de 2026”.

Não se sabe ao certo quais são as rotas e as cidades que poderiam deixar de ter operações da companhia e se os números consideram encerramentos já efetuados. Entretanto, a Azul vem reduzindo sua malha aérea doméstica e internacional desde o início deste ano, antes mesmo de entrar em recuperação judicial. Em fevereiro, a empresa anunciou cortes em 14 cidades brasileiras. Em junho, foi a vez dos voos internacionais.

Pelo Paraná

Além de Cascavel, a Azul deixará de voar em Guarapuava, com suspensão prevista para o dia 1º de setembro. “A companhia reavalia constantemente suas operações como parte de um processo normal de ajuste de capacidade à demanda”, afirmou a Azul em nota.

Em fevereiro deste ano, a companhia também deixou de operar no Aeroporto Sant’Ana, em Ponta Grossa.