Quem compra um veículo sabe que com ele vem uma série de outros gastos, como o combustível, óleo e as revisões de manutenção que acabam demandando um investimento mensal e outros custos extras. O mesmo vai ocorrer com os novos 15 ônibus elétricos que foram comprados pelo Município de Cascavel e que passaram a circular no sistema do transporte público desde o dia 6 de agosto, completando os primeiros quatro meses de funcionamento nesta semana.
Como existe em andamento uma nova licitação para a administração do serviço do transporte público e apenas um contrato provisório com as empresas atuais – a Pioneira e a Capital do Oeste – a responsabilidade dos ônibus acaba sendo da Transitar que precisa, então, fazer a manutenção dos veículos. Nesta quarta-feira (4) foi publicado contrato da autarquia de trânsito com a empresa Tevx Motors Group Ltda, no valor de R$ 1.385.715,00.
Mesma empresa
O serviço será prestado pela mesma empresa que vendeu os ônibus elétricos para o Município pelo valor de R$ 43 milhões, já que ela é a representante oficial da chinesa Higer no Brasil, empresa que produz os ônibus elétricos. O contrato de prestação de serviços é de 12 meses e foi feito por meio de “inexigibilidade de licitação” que é quando o processo acontece quando há a impossibilidade de competição.
Na especificação dos serviços estão indicadas as manutenções para os 15 veículos de cinco até 70 quilômetros rodados. Para se ter uma ideia, a manutenção dos 10 quilômetros vai custar o valor de R$ 181.480,00 para os 13 padrons, ou seja, o valor unitário de R$ 13.960,00. Já no caso dos articulados, o valor sobe para R$ 19.800,00, total de R$ 39.600,00. Somado os dois gastos, será pago R$ 221 mil somente na revisão dos 10 quilômetros.
De acordo com a Transitar, alguns deles já rodaram mais de 15 mil quilômetros e durante estes quatro meses de uso, três ônibus já se envolveram em acidentes de trânsito, além de um deles ter colidido com um dos sete carregadores que ficam no Eletroterminal, sendo que cada um custou, em média, o valor de R$ 400 mil. O carregador foi totalmente arrancado e terá que ser substituído – situação que se arrasta desde o início de setembro.
Manutenção necessária
De acordo com coordenador de eletromobilidade da Transitar, Robson Leandro Nequel, a Higer é a fabricante dos ônibus elétricos e a Tevx é a representante oficial no Brasil, por isso, foi firmado o contrato de manutenção preventiva que inclui a assistência técnica, a mão de obra e substituição de peças necessárias em cada avaliação para cada um dos 15 veículos.
Sobre o contêiner que a empresa ficou de enviar para a cidade, ele disse que a previsão que chegue neste mês de dezembro, mas que eles já encaminharam algumas peça e que foi contratado um mecânico para fazer este serviço. Sobre os acidentes com os ônibus, ele explicou que todos foram consertados em seguida e voltaram a rodar, mas que a reposição do carregador no Eletroterminal ainda está sendo negociada pela Pioneira, visto que ele necessita mesmo ser trocado, já que o laudo técnico apontou não tem como ser feito o conserto.
Sobre o valor indicado nas revisões, Nequel explicou que é um valor máximo, uma estimativa, mas que pode ser que o valor seja menor do que o indicado já que em algumas revisões o serviço pode ser apenas de prevenção e não necessitar a troca de peças. “Agora com o contrato assinado já podemos iniciar esta primeira revisão fazendo um rodízio para conseguir parar os veículos”, esclareceu.