Toledo – O anúncio do fechamento do Hospital Bom Jesus, com seu descredenciamento do SUS e demais convênios, é o reflexo da crise na saúde pública. Com a unidade totalmente desativada em até 60 dias, a preocupação gira em torno da capacidade de atendimento aos municípios que integram a 20ª Regional de Saúde. Ao todo, são 18 que dependem quase que exclusivamente desse serviço para atendimentos de urgência e emergência e de média e alta complexidades.
Conforme o diretor do Ciscopar (Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná), Vilmar Covatti, o encerramento das atividades do Bom Jesus preocupa os moradores da região, já que a unidade é referência e porta de entrada às cidades.
“O Ciscopar atende todas as ocorrências ambulatoriais, e isso o consórcio tem condições de assumir. Porém, internamentos, cirurgias, entre outras situações, não é possível”, relata Vilmar.
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O que poderia dar fôlego a quem depende do Sistema Único de Saúde seria o Hospital Regional de Toledo, que está praticamente concluído. No entanto, não há prazo para que a unidade entre em funcionamento. Isso porque o gestor do hospital ainda não foi definido, e segundo a Prefeitura de Toledo, que se manifestou somente por nota, os encaminhamentos sobre essa questão já estão em andamento.
Segundo a nota, uma agenda está sendo ajustada com os agentes políticos regionais, com a direção da Empresa Brasileira de Administração Hospitalar e o reitor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Zaki Akel Sobrinho, onde será apresentada a proposta de gestão do Hospital Regional. O encontro deve ocorrer dias após a aula inaugural do curso de Medicina da UFPR, no campus de Toledo, em 21 de março.
Caso a Empresa Brasileira de Administração Hospitalar não aceite a proposta, a alternativa será entregar e a administração do HR para o Estado, conforme12 proposto em 2014 pelo secretário Michele Caputo Neto. Para isso, também deverão ser superadas as questões relacionadas à compra dos equipamentos enquanto o município aguarda os recursos para aquisição.
