Cotidiano

Regimento retarda CPI sobre Operação Pecúlio

A ideia é contar com subsídios suficientes para uma ação prática assim que a comissão for instalada

Foz do Iguaçu – Enquanto o ex-secretário municipal Carlos Budel e outros cinco implicados no caso de desvio de recursos do PAC e do INSS seguem atrás das grades, a Câmara de Foz do Iguaçu se prepara para instalar uma CPI destinada a investigar no âmbito do Legislativo o “propinoduto” estancado pela Procuradoria-Geral da República e pela Polícia Federal por meio da Operação Pecúlio.

A comissão já está aprovada e com seus membros definidos – os vereadores Nilton Bobato (PCdoB), Edílio Dall’Agnol (PSC) e Dilto Vitorassi (PT) –, mas a instalação teve de ser retardada por conta do Regimento Interno da Câmara, que impede o funcionamento simultâneo de mais de cinco CPIs.

“Já estamos tratando dessa questão e a ideia é que a comissão que investiga irregularidades no loteamento do Residencial Quinta do Sol seja encerrada na próxima semana”, afirmou Bobato. “A Câmara tem mais uma oportunidade de mudar essa história e precisa dar uma resposta rápida à população”, acrescentou.

AJUDA DA PF

Mas os integrantes da nova CPI já deram o primeiro passo apresentando requerimento à Delegacia da Polícia Federal para que esta encaminhe à Câmara o máximo possível de informações relativas ao caso, cuja investigação está sob sigilo. A ideia é contar com subsídios suficientes para uma ação prática assim que a comissão for instalada.

NOVAS NOMEAÇÕES

Ontem o prefeito Reni Pereira (PSB) nomeou Luiz Roberto Volpi como novo secretário municipal de Obras e Rui Alberto Hauenstein como novo diretor de Pavimentação. Os dois vão substituir a Carlos Juliano Budel e Aires Silva, que foram presos no início da semana, durante a segunda fase da Operação Pecúlio, acusados de participação no esquema que, segundo a Controladoria-Geral da União, teria desviado em torno de R$ 4 milhões em recursos federais.