Desde que radares eletrônicos voltaram a funcionar em julho deste ano, os motoristas que trafegam pelas ruas de Cascavel estão sendo “cuidados” pelas novas tecnologias que integram os novos modelos que identificam infrações que antes não eram flagradas, como por exemplo, a conversão proibida à esquerda. A prática é proibida nas três principais avenidas da cidade que têm pista exclusiva de ônibus (Brasil, Tancredo Neves e Barão do Rio Branco). Apesar das regras estares estabelecidas há um bom tempo, muitos motoristas insistem fazer as conversões e, a partir de agora, vão sentir no bolso o peso da infração.
Dados divulgados sexta-feira (14) pela Transitar apontam que somente no mês de setembro os equipamentos flagraram 8.427 conversões proibidas, infração que fere o artigo 207 do Código de Trânsito Brasileiro, e gera multa grave no valor de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH. Este foi o primeiro mês com o funcionamento de todos os equipamentos instalados.
Segundo a Transitar, em agosto foram 2.439 infrações já que durante esse mês os equipamentos ainda estavam em processo de instalação. No primeiro mês, em julho, foram 1.509 autuações emitidas por apenas quatro equipamentos. Agora, são 10 fazendo este tipo de fiscalização. Os locais onde estes equipamentos estão instalados foram escolhidos por terem maior registro de acidentes de trânsito.
Para presidente da Transitar, Simoni Soares, apenas com todos os equipamentos em operação é que foi possível avaliar o desrespeito à sinalização de trânsito nestes locais, confirmando as causas de tantos sinistros de trânsito do tipo lateral, especialmente nas vias onde há faixa exclusiva do transporte coletivo, muitos deles com feridos.
Segundo a presidente, apesar do elevado número infrações registradas, a expectativa é que os acidentes por este tipo de conduta sejam reduzidos com a fiscalização e a conscientização dos condutores.
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Falta de seta
Outro dado que chama a atenção é que no levantamento das causas de acidentes do último trimestre, o abalroamento lateral lidera os sinistros de trânsito com mais de 25% dos registros no período. Para o Grupo de Operações de Trânsito da Transitar, as principais causas desse tipo de acidente é a falta de sinalização com antecedência para mudança de faixa ou de via, a conversão proibida e ambas se somam à falta de atenção.
Segundo a presidente da Transitar, não é possível ter como base a quantidade de infrações emitidas pelos agentes de trânsito para definir o nível de desrespeito à falta de sinalização para mudança de faixa, que é dar a seta, porque é uma atitude tão comum entre os condutores, que alguns sequer sabem que a não utilização da sinalização é infração de trânsito, assim como ocorre com as conversões proibidas.
“Os acidentes pela não utilização da luz indicadora de direção, conhecida popularmente como seta, é normalmente identificada no atendimento das ocorrências, onde o tipo de acidente e a declaração de testemunhas e envolvidos, demonstram esta infração como a causa dos sinistros”, alertou.
Apesar da baixa incidência dessa infração, ela está prevista no art. 196 do Código de Trânsito Brasileiro como multa grave, com 5 pontos da CNH e multa de R$ 195,23. O que muitos não consideram é o risco que a desobediência dessa simples regra de trânsito pode causar para a segurança viária.
