Os primeiros 11 dias de campanha de atualização cadastral do rebanho paranaense completaram-se com 13,9% da estimativa de animais do Estado declarados na Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná). O período começou em 1º de maio e se estende até 30 de junho. Após isso, o transporte dos animais não declarados ficará proibido, visto a impossibilidade de se retirar a GTA (Guia de Trânsito Animal), e o produtor poderá receber as punições previstas em lei.
A atualização é fundamental para que a vigilância sanitária saiba onde estão os animais e como eles se movimentam no Estado, ajudando a garantir a condição de área livre de febre aftosa sem vacinação, o que viabiliza novos investimentos ao Paraná. O Estado optou por não impor custo ao produtor com a colocação de brinco para identificar cada animal, mas faz a exigência de que uma vez ao ano os produtores declarem seus rebanhos.
A atualização é exigida para todas as espécies de animais de produção existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho-da-seda). Os produtores podem fazer de forma online pelo site da Adapar, em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento das prefeituras ou por meio do aplicativo Paraná Agro.
Segundo balanço parcial (11/05), o município de Pontal do Paraná alcançou o maior porcentual até agora, com 60% dos animais cadastrados. Dos 25 estabelecimentos que têm rebanho, dez ainda faltam comprovar. Na sequência aparece São Jorge do Ivaí, onde 35 das 64 propriedades já fizeram o cadastro, alcançando 54,69%. Em São Manoel do Paraná, o porcentual está em 36,51%, com 46 dos 126 estabelecimentos cadastrados.
Na outra ponta, os municípios de Pitangueiras (48 propriedades) e Iracema do Oeste (47) ainda estão zerados. Acima deles, cinco dos 334 estabelecimentos rurais de Quitandinha já cumpriram a obrigação, representando 1,5%. Em Contenda, apenas seis das 356 propriedades (1,69%) concluíram o registro.
Foto: José Fernando Ogura/AEN
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Plano Safra tem crédito extra de R$ 200 milhões
O Governo Federal destinou mais R$ 200 milhões para reforçar o Plano Safra 2022/2023, que ainda está em vigor. Segundo a portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento publicada na sexta-feira (12), serão alocados R$ 89,1 milhões para operações de custeio agropecuário e R$ 110,8 milhões para investimentos. Os recursos suplementares deverão permitir a equalização de cerca de R$ 8,4 bilhões para aplicação em programas de financiamento do Moderfrota, irrigação e demais investimentos e custeio.
Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a complementação foi necessária para atender a demanda dos produtores por crédito. “Esses recursos serão suficientes até a chegada do novo Plano Safra, que estamos trabalhando para que não tenha essa deficiência”, explica.
Linha dolarizada
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou recentemente a linha de financiamento rural em dólar com taxa fixa desenvolvida em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A linha BNDES Crédito Rural na modalidade com referencial de custo em dólar chegará a um total de R$ 4 bilhões.
“Trata-se de uma linha com condição muito favorável, que permite planejamento e segurança. É um dos instrumentos de que dispomos para fomentar uma agricultura cada vez mais inovadora, digital, de precisão, que reduza custos e riscos”, avalia o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante.