Cotidiano

Preços de produtos derivados do trigo têm aumento de 60%

Pãozinho francês é um dos produtos que foram diretamente afetados pela alta do dólar

Cascavel – A dona de casa Maria Lúcia da Silva compra quase todos os dias o famoso pão francês na padaria. Ela e demais consumidores cascavelenses já começaram a sentir no bolso o rejuste do trigo e derivados do produto.

“Temos o hábito de comer de manhã e às vezes no café da tarde. Mas também intercalo com bolos caseiros para não precisar comprar todo dia. De alguns dias para cá já vi que o preço aumentou bastante”, diz Maria Lúcia. 

O pãozinho francês, por exemplo, é um dos produtos que foram diretamente afetados pela alta do dólar na mesa do consumidor. Até dezembro ou duas semanas atrás ainda era possível encontrar o quilo do produto comercializado a R$ 4,99. Mas recentemente o preço saltou para R$ 7,99, um aumento expressivo de 60%. Em algumas panificadoras, o produto é comercializado a R$ 9,80 e até R$ 12 o quilo.

Outro produto bastante consumido é o pão de queijo, que também sofreu reajuste. A guloseima passou de R$ 15,99 o quilo para R$ 19,98 o quilo. O macarrão ainda não foi reajustado, uma vez que em vários supermercados ainda é possível encontrar a massa com o preço que vinha sendo comercializado de R$ 2,89 a R$ 4,99 o quilo.

No entanto, a farinha pura para fazer bolos, pudins entre outros alimentos está “salgada”. Em algumas redes de supermercados um quilo de farinha Tipo 1 pode ser encontro com preços de R$ 1,89 a R$ 4,29 e com cinco quilos de R$ 7,49 a R$ 16,29.

Para o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Oeste do Paraná, Gilberto Bordin, os produtos derivados do trigo sofrerão novos reajustes nas próximas semanas.

“Há duas semanas nós pagávamos R$ 75 na saca de 60 quilos da farinha comprada em moinhos brasileiros. Hoje estamos pagando R$ 90 e a previsão é que suba devido à oscilação do dólar, pois a maioria do produto comercializado aqui vem de fora do País”, afirma.

Bordin lamenta a situação, já que outros produtos também têm sofrido reajuste.

“Infelizmente, o aumento tem sido geral da matéria prima. Desde o gás industrial, energia elétrica, ingredientes como frutas cristalizadas ou geleias importadas, que são adicionadas para fabricação de bolos e tortas”, ressalta.

(Com informações de Eliane Alexandrino)