
Com a ideia de Maia de formar um amplo bloco de partidos que o apoiam, a legenda “não tem opção”, dizem deputados, e terá que integrar o bloco para conseguir o cargo desejado. Nesta terça-feira, uma reunião da bancada definirá o nome para a primeira vice – os favoritos são Lucio Vieira Lima (BA) e José Priante (PA) – e deve selar o apoio a Rodrigo Maia.
Um peemedebista com bom trânsito no Palácio do Planalto disse que, por mais que Temer quisesse que o seu partido não entrasse no bloco para atender aos outros candidatos da base, o partido será obrigado a fazê-lo:
– Se a gente não formar o bloco com Rodrigo a gente perde a escolha da primeira vice-presidência, não é questão de opção porque não temos opção. Por mais que o PMDB queira atender o presidente, não vai dar dessa vez – disse esse deputado.
Um outro correligionário de Temer minimizou possíveis rachas na base que lhe dá sustentação no Congresso. O temor é que Jovair ou Rogério Rosso (PSD-DF) possam dificultar a aprovação de matérias prioritárias para o governo, entre elas a reforma da Previdência, se sentirem interferência do Planalto para reeleger Rodrigo Maia.
– Claro que o governo tem que trabalhar pelo desgaste mínimo na base. Mas você acha que o Jovair vai sair rachado, se perder, e ainda vai fazer fratura exposta? Não dá, não vai ter racha, não – opinou um peemedebista:
– Ganhar e perder é do jogo, os candidatos sempre vão achar que teve interferência do governo. O que importa é o day after (da eleição), aí o governo faz um afago e rediscute espaços – concluiu.