As entidades que integram o G8 em Cascavel estiveram reunidas no início desta semana para tratar de um tema dos mais importantes para a região e para o Estado: o novo modelo de concessão do pedágio no Paraná. O consenso das entidades, seguindo o que já fizeram o Programa Oeste em Desenvolvimento e a Caciopar, é de defesa de concessão das rodovias pelo menor preço, aliviando assim custos sobre a produção e a competitividade paranaense.
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“O novo modelo de concessão precisa ser definido pela oferta de menor preço da tarifa; pela realização de obras nas etapas iniciais do contrato e pela adoção de um mecanismo de debate transparente e democrático. A sociedade, que paga o pedágio, quer estar devidamente representada, participar e ser ouvida nesse processo que mexe com a vida de todas as comunidades paranaenses”, diz trecho do documento encaminhado a autoridades dos mais diversos setores organizados do Estado.
As entidades que compõem o G8 são: Acic, CDL, Sindilojas, Amic, Sinduscon Paraná-Oeste, Sindicato Rural, Sociedade Rural e OAB/Subseção de Cascavel. Leia a seguir o documento na íntegra:
“As oito principais entidades patronais de Cascavel estiveram reunidas na tarde de segunda-feira, 21, na Acic, para debater um assunto dos mais urgentes e sensíveis à economia do Oeste e também do Paraná. O tema foi o pedágio e o novo modelo para a nova concessão que se aproxima.
A região Oeste, por meio de entidades como o POD (Programa Oeste em Desenvolvimento) e Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná) já se posicionaram a respeito. A decisão do G8 de Cascavel segue exatamente na mesma linha deliberada por diretores do POD e Caciopar: elas não concordam com o modelo de concessão por outorga onerada ou híbrida, como alguns tem defendido.
A região Oeste do Paraná fecha questão em alguns pontos fundamentais neste debate: o novo modelo de concessão precisa ser definido pela oferta de menor preço da tarifa; pela realização de obras nas etapas iniciais do contrato e pela adoção de um mecanismo de debate transparente e democrático. A sociedade, que paga o pedágio, quer estar devidamente representada, participar e ser ouvida nesse processo que mexe com a vida de todas as comunidades paranaenses.
As entidades do G8, a exemplo do POD e da Caciopar, consideram que essa discussão, atentando também para o início das audiências públicas, precisa corrigir um erro histórico e que por 25 anos custa muito caro ao Paraná, à sua economia e ao seu processo de desenvolvimento. Sem experiência e de forma açodada, o Estado foi o primeiro a adotar o regime de concessões rodoviárias no País e o preço foi altíssimo, com tarifas elevadas, falta de diálogo e transparência e a intervenção política nos contratos, que eliminou a execução de obras há muito aguardadas.
Estamos diante de um momento fundamental para a correção de rumos, porque não podemos e não queremos seguir com o pedágio mais caro do Brasil e um dos mais caros do mundo pesando sobre as costas de quem produz e arrancando a competitividade dos produtos fabricados no Paraná. Apelamos aqui para a sensibilidade de todos que entendem a importância dessa questão, para que ajam com justiça, responsabilidade e pensando nas próximas gerações, já que os efeitos do pedágio são de longa duração”.