Os guardas patrimoniais tiveram o salário reduzido praticamente pela metade no fim do ano passado. Não mexeram no salário base, apenas cortaram as horas extras, que representavam cerca de R$ 800, quase R$ 1 mil por mês. Como consequência, muitos prédios públicos estão sem a vigilância necessária porque eles estão proibidos de trabalharem além da carga normal.
Motivo do corte: o Município precisava cortar gastos com a folha porque se aproximou do limite prudencial e estava sujeito a sanções do Tribunal de Contas.
Eles reclamaram, tiveram que apertar ainda mais as finanças, mas entenderam que era para o bem do Município.
Mês passado, a Cettrans autorizou contratação de 36 servidores. Ao ficar sabendo disso, o prefeito Leonaldo Paranhos mandou cancelar as contratações. Motivo: a Cettrans vai ser extinta e em seu lugar será criada uma autarquia e um dos principais objetivos é justamente reduzir custos. A presidência havia justificado que eram agentes que iriam repor cargos vagos e necessários. Nada feito!
Agora, a surpresa. O ex-vereador Reinaldo Bueno retorna à vida pública em uma nomeação na Cettrans. Contratado para o cargo de assessor de projetos do gabinete da Cettrans, ele vai receber R$ 6.437,51 por mês.
Detalhe: Reinaldo é pai do ex-presidente da Câmara e vereador licenciado Gugu Bueno, que hoje ocupa cargo regional na Casa Civil.
Se Gugu ainda estivesse na Câmara, a prática poderia ser enquadrada como nepotismo cruzado. Como está licenciado, muito provavelmente não há argumento legal que proíba a contratação. Assim, o jeito é esperar para ver o resultado do seu trabalho na companhia prestes a deixar de existir.