
Cascavel e Paraná - Os valores do feijão, tanto do tipo carioca quanto do preto, perderam força ao longo de novembro, conforme levantamento do Cepea. A retração nas cotações foi impulsionada principalmente pelo enfraquecimento da procura, já que compradores se limitaram a recompor estoques, reduzindo o ritmo das negociações.
No caso do feijão-carioca, a entrada de maiores volumes vindos do Sudoeste Paulista ampliou a oferta e acelerou a desvalorização, sobretudo do produto de melhor padrão. Já o feijão-preto enfrentou recuos ainda mais significativos, influenciados pela aproximação da nova safra e pela necessidade de escoar estoques remanescentes.
No dia 28 de novembro, o Cepea apontou preço de R$ 216,81 para a saca de 60 quilos do feijão-carioca de maior qualidade no leste de Goiás. No sul do Paraná, o feijão-preto registrou média de R$ 131,70 por saca, refletindo a pressão baixista que marcou todo o mês.
Ibrafe/ApexBrasil
O Brasil deu mais um passo decisivo para consolidar sua presença no mercado internacional de Feijão, pulses e gergelim. A inauguração do novo escritório da ApexBrasil em Cuiabá marcou também a renovação da parceria com o Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe), um convênio que tem impulsionado o setor a patamares inéditos nos últimos anos. A assinatura para o período de 2026 a 2028 reafirma uma colaboração estratégica que vem transformando a percepção global sobre a qualidade e o potencial produtivo brasileiro.
Essa nova etapa, com duração de 24 meses e investimento de R$ 3,5 milhões, fortalece um trabalho que ganhou intensidade a partir de 2020, quando Ibrafe e ApexBrasil começaram a reposicionar o Brasil como referência mundial em proteínas vegetais e superalimentos. Desde então, o setor vive avanços expressivos, com aumento das exportações, diversificação de destinos e maior visibilidade internacional para produtos como Feijões especiais e gergelim, itens cada vez mais procurados por mercados exigentes, sobretudo na Ásia.
Apoio internacional
O momento atual é resultado direto dessa cooperação. A produção brasileira, hoje com três safras anuais e reconhecida pela competitividade, está entre as mais robustas do mundo. Com o novo convênio, a meta é ampliar ainda mais esse alcance e apoiar empresas brasileiras para que cheguem a US$ 260 milhões em exportações até 2025.
Durante a cerimônia, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou a força dessa união. “Quando a gente firma convênios, o comércio exterior cresce. Precisamos explorar todo o potencial extraordinário do Brasil nesse setor”. Ele também sublinhou o papel estratégico do estado do Mato Grosso no comércio exterior e a importância de políticas públicas sólidas para transformar realidades produtivas.
O presidente do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders, reforçou os resultados já alcançados pela parceria. “Essa parceria tem permitido que tenhamos uma evolução, ao dar conhecimento ao mundo do que podemos produzir no Brasil, reunindo exportadores que fazem acontecer o projeto com a ApexBrasil”, afirmou.
Expansão contínua e mercados cada vez mais próximos
Nos últimos três anos, Ibrafe e ApexBrasil participaram de algumas das maiores feiras de alimentos do mundo, como Gulfood e SIAL, além de promoverem missões comerciais, rodadas de negócios e ações junto a compradores internacionais. Essas iniciativas ampliaram a presença dos pulses brasileiros em destinos como Índia, China, Paquistão e Oriente Médio, fortalecendo a confiança em um setor que se mostra mais preparado, inovador e alinhado às tendências de consumo global.
A renovação do convênio marca um novo ciclo de oportunidades, com foco no fortalecimento da imagem internacional do Feijão, pulses e gergelim brasileiros e na abertura de novos mercados. A inauguração do escritório da ApexBrasil em Cuiabá, um dos principais polos produtivos do país, simboliza essa fase de expansão estratégica.
Ao renovar a parceria, IBRAFE e ApexBrasil reafirmam a visão conjunta de elevar ainda mais o protagonismo do Brasil no comércio global de pulses, conectando a produção nacional a mercados exigentes e reforçando o papel do país como fornecedor de alimentos nutritivos, sustentáveis e de alta qualidade.