CASCAVEL

Nova estação deve aliviar o mau cheiro do esgoto nas regiões do Tropical e da FAG

Saiba mais sobre a expansão urbana em Cascavel e os desafios enfrentados pela cidade com a proximidade das estações de tratamento de esgoto - Foto: Assessoria
Saiba mais sobre a expansão urbana em Cascavel e os desafios enfrentados pela cidade com a proximidade das estações de tratamento de esgoto - Foto: Assessoria

A expansão urbana da cidade e a aprovação do Novo Plano Diretor, que ampliou em mais de 60% o perímetro urbano de Cascavel, fez com que os novos loteamentos acabassem se aproximando das estações de tratamento de esgoto da cidade, construídas há décadas e que antes acabavam sendo distantes das residências. Nestes locais dependendo do vento, temperatura e do clima, o mau cheiro acaba incomodando – e muito – os moradores.

A reportagem do Jornal O Paraná foi procurada por moradores da região dos bairros Tropical 2 e 3, que são vizinhos da ETE Norte (Estação de Tratamento de Esgoto) que desde o ano passado levantaram o problema e cobram soluções da Sanepar, para que o problema seja resolvido. Ao redor da estação novos loteamentos foram abertos e muitas casas estão sendo construídas, refletindo nos próximos anos em um aumento da quantidade de moradores “incomodados” com o mau cheiro.

De acordo com Rita Camana, gerente geral Sudoeste da Sanepar, a cidade conta com quatro estações de tratamento atendendo a 100% do esgoto produzido pelos moradores. A ETE Sul fica na Estrada Rio da Paz, ETE Melissa na Região Norte, a ETE Norte do Bairro Tropical e a Oeste que fica próximo ao Condomínio Terra Nova. A Norte trata 30% do esgoto da cidade e Oeste trata 21%, ou seja, as duas juntas são responsáveis por tratar mais de 50% do esgoto produzido em toda a cidade, cerca de 187 litros por segundo.

2031

Conforme Rita existe um planejamento e um estudo para que seja construída a ETE Noroeste, que será atrás da BR-163, sentido Toledo, para que depois de pronta as duas estações, tanto a Norte quanto a Oeste, sejam transferidas para este novo espaço. A previsão é que esta nova estação que deve entrar em funcionamento em 2031, seja maior do que as duas atuais, já que existe uma prospecção de aumento da cidade e consequentemente do número de imóveis.

 “Já temos recurso para executar o projeto, mas não temos ainda o dinheiro para a construção, mas só depois da construção desta nova estação é que haverá a possibilidade de desativação das duas unidades”, detalhou Rita. Segundo ela, logo após a reclamação dos moradores ainda no ano passado, houve uma audiência pública na Câmara na qual os técnicos da Sanepar estiveram presentes e explicaram sobre como funciona o tratamento, que segue os padrões de qualidade do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente).

Cortina verde

A gerente reforçou ainda que em todas as estações existe uma ‘cortina verde’ para evitar que odores sejam emitidos, mas que isso pode ocorrer no caso de inversão térmica, que é quando existe uma mudança muito rápida de temperatura. A construção deve demorar cerca de dois anos para ser concluída, e antes deste prazo, o projeto não deve sair do papel.

De acordo com a gerente, para se ter uma ideia, a ETE Norte foi na década de 1990 e na época, a escolha do local se deu em razão da não ocupação na região, obedecendo os critérios da autorização dos órgãos ambientais. As duas juntas teriam a capacidade de atender ainda o dobro da quantidade de litros, chegando até 340 litros por segundo, do que é tratado atualmente. Nos novos loteamentos, a lei exige que os empreendimentos tenham toda a estrutura de pavimentação, energia elétrica, água e esgoto. Já recomendação do Plano Diretor é de uma Estação de Tratamento de Esgoto que esteja em um raio mínimo de pelo menos 500 metros de distância de residências.