Brasília – O presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-PI), recebeu ontem, em reunião da Mesa Diretora da Câmara, um ultimato para que renuncie ao cargo de primeiro-vice-presidente, o que consequentemente o afastaria da função de presidente interino. Em resposta, Maranhão afirmou que decidirá até esta quarta-feira.
Na hipótese de ele renunciar, novas eleições teriam que ser convocadas em até cinco sessões plenárias, a fim de se preencher o cargo de primeiro-vice-presidente. Nessa hipótese, o deputado eleito passaria a ocupar a presidência no lugar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado pelo STF.
De acordo com o segundo-vice-presidente da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR), caso Maranhão não queira renunciar, foi apresentada a ele como alternativa a possibilidade de se afastar temporariamente do mandato de deputado e, consequentemente, do cargo, por 120 dias.
O argumento dos integrantes da Mesa é que ele não tem legitimidade para conduzir os trabalhos da Casa após decidir na segunda-feira (9), sem consultar ninguém, anular a sessão do plenário da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. À noite, ele recuou e revogou a decisão.