Uma decisão judicial tardia e sem fundamento legal agitou o meio político paranaense e gerou certo desconforto ao Palácio Iguaçu ontem, quando veio a público a decisão de semana passada do juiz Roger Vinicius Pires de Camargo Oliveira, da 3ª Vara da Fazenda Pública, de condenar o governador Beto Richa, a primeira-dama Fernanda e dois servidores do governo do Paraná a restituírem o dinheiro gasto durante uma rápida estadia em Paris, em outubro de 2015.
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O juiz condenou os requeridos "a restituir os valores irregularmente recebidos e pagos pelos cofres públicos" corrigidos com juros de mora de 12% ao ano a partir da citação. Na ocasião, eles participaram de uma comitiva com empresários em missão oficial à China e à Rússia e a escala na França era necessária, mas não a permanência de dois dias.
"A Procuradoria Geral do Estado considera a decisão equivocada, pois tais valores já foram restituídos voluntariamente no fim da missão internacional, que teve por escopo a busca de investimentos e empregos para o Paraná”, esclareceu o governo em nota oficial, ressaltando que o valor restituído foi inclusive maior que o efetivamente gasto na ocasião. “Assim, o Estado apresentará recurso contra a decisão de forma a ser restabelecida a justiça ao caso concreto", afirmou a nota.
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