RIO – O ministro do Planejamento Romero Jucá disse nesta terça-feira, no Rio, que a divergência entre o presidente interino Michel Temer e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, sobre a indicação do procurador geral da República está superada. Temer desautorizou Moraes e disse que vai respeitar a lista tríplice do Ministério Público Federal que indica os nomes para o cargo. O ministro havia dito que o tipo de escolha não era constitucional.
? A decisão do governo é do presidente Temer. Como essa questão da PGR é um assunto que diz respeito ao presidente e é acompanhada pelo ministro da Justiça, não cabe à área econômica ficar dando opinião sobre essa questão. O presidente colocou em termos o que ele pensa e, portanto, esse é um assunto encerrado ? afirmou Jucá, em entrevista, antes do início do XXVIII Fórum Nacional, promovido pelo ex-ministro João Paulo Reis Velloso.
Investigado pela Operação Lava-Jato, Jucá se disse tranquilo. No domingo, em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, Temer afirmou que reavaliaria a situação do ministro em caso de condenação:
? Eu fui mencionado por algumas pessoas. Já prestei as informações necessárias, estou muito tranquilo. Assumi a presidência do PMDB e enfreitei a questão da coordenação do impeachment. Portanto, se eu tivesse algum medo, não teria comprado as brigas que comprei. Espero que o MP faça todas as suas ações. Apoio a operação Lava-Jato. Ajudei na recondução do Rodrigo Janot porque entendo que ele está fazendo um grande trabalho.