Associações do setor aéreo publicaram uma nota informando que precisam de pelo menos 180 dias para se adaptar a um possível retorno do horário de verão. A solicitação foi feita por diversas entidades ligadas ao setor, que alegam a necessidade desse prazo para ajustar suas operações.
Segundo as companhias, uma mudança repentina no horário pode causar alterações nos horários de voos, tanto em cidades brasileiras quanto internacionais, resultando em possíveis perdas de embarque para os clientes e complicações na escala dos tripulantes. A nota das associações também pressiona o governo federal por uma definição rápida sobre o assunto, para que as empresas possam organizar sua logística operacional.
Economia?
Até o momento, o Ministério de Minas e Energia não se pronunciou oficialmente sobre a demanda das entidades do setor aéreo. A discussão sobre a retomada do horário de verão tem sido conduzida pelo governo federal como uma medida para economizar energia, devido aos baixos níveis dos reservatórios causados pela seca histórica que afeta o país.
O horário de verão foi suspenso no Brasil em 2019, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob a justificativa de que não havia uma economia significativa de energia.
Recentemente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico divulgou um estudo indicando que a medida poderia reduzir a demanda máxima de energia em 2,9%, resultando em uma economia de aproximadamente R$ 400 milhões na operação do Sistema Interligado Nacional.