Cotidiano

Explosão na C.Vale: Justiça do Trabalho determina pagamento imediato das rescisões às famílias

Explosão em silos C.Vale
Explosão em Central de Recebimento de Grãos da C.Vale deixou saldo de dez mortos e dez feridos - Foto Divulgação

A Justiça do Trabalho atendeu a um pedido do MPT (Ministério Público do Trabalho) de Cascavel e determinou que a C.Vale Cooperativa Agroindustrial realize imediatamente o pagamento das verbas rescisórias para as famílias das vítimas da explosão. O pedido foi feito em regime de urgência e envolve as vítimas que morreram devido à explosão ocorrida no dia 26 de julho na unidade de grãos da cooperativa, em Palotina.

A decisão atinge especialmente haitianos, a maioria das vítimas da tragédia que matou nove pessoas e feriu outras onze. Dos óbitos, oito são haitianos. Além disso, foi determinado que a empresa mantenha o pagamento dos salários mensais, em depósito na conta do sindicato da categoria, a fim de atender aos familiares em suas necessidades de recursos mínimos com alimentação e moradia. A Justiça deu prazo de 48 horas para o cumprimento da decisão.

O procurador Renato Dal Ross, que está conduzindo a investigação acerca do acidente de trabalho, entendeu pela urgência da medida, pois até então a cooperativa não havia realizado o pagamento dos valores das verbas rescisórias dos trabalhadores. Como os trabalhadores não tinham vínculo direto com a cooperativa, seus familiares acabam sofrendo os danos para conseguirem se manter até que se resolva o pagamento integral das indenizações aos dependentes das vítimas da explosão.

Em nota a C.Vale confirmou que foi notificada da decisão provisória proferida pela Justiça do Trabalho e procederá a análise jurídica e resposta nos autos, cumprindo com a legislação trabalhista.

Na terça-feira (8) mais duas vítimas do acidente receberam alta. Weliton de Souza Dutra, 22 anos, funcionário da cooperativa, e o haitiano Pierre Beauvais, 52 anos, ligado ao Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias, de Toledo, estavam internados em Londrina e deixaram o hospital.

Agora, apenas uma das pessoas feridas permanece internada. Francisca dos Santos, 33 anos, funcionária da Employer, segue recebendo tratamento em Curitiba.