Cotidiano

Estado organiza forma para retomar cirurgias, suspensas desde março

Apesar de o número exato ser desconhecido, fato é que a fila é gigante e que se avolumou nos últimos sete meses em que praticamente ninguém passou pelo procedimento devido à pandemia do novo coronavírus

Estado organiza forma para retomar cirurgias, suspensas desde março

 Foz do Iguaçu – A lista de pacientes que esperam por cirurgias eletivas no Paraná é uma incógnita há muito tempo. A reportagem do Jornal O Paraná tenta, desde o início do ano passado, descobrir quantas pessoas aguardam pelo procedimento na região oeste do Estado, até hoje sem resposta. Apesar de o número exato ser desconhecido, fato é que a fila é gigante e que se avolumou nos últimos sete meses em que praticamente ninguém passou pelo procedimento devido à pandemia do novo coronavírus. A Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) suspendeu as cirurgias para deixar livres os hospitais, que se voltaram para o atendimento das vítimas da covid-19. Apenas casos emergenciais ficaram mentidos.

Com a redução de infectados, de intermentos e de mortes nas últimas semanas, o Estado volta a se mobilizar para que a demanda comece a ser atendida.

A reportagem de O Paraná apurou que teve início a movimentação para encontrar uma solução. Foi cogitada a possibilidade de o Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná) ficar responsável por gerenciar a fila e os procedimentos, mas parece que a negociação não vingou. A 10ª Regional de Saúde informou apenas que não será o Cisop o responsável por isso.

O primeiro passo, e um dos maiores desafios, é descobrir quem está na fila de espera. O Ministério Público já solicitou ao Estado esses dados, que informou que terá que fazer esse levantamento, uma vez que existem listas em hospitais, em municípios e no próprio Estado.

Outra questão já sendo tratada diz respeito a valores. Embora o Estado tenha mantido repasses aos hospitais conveniados ao SUS, um novo valor deve ser apresentado para tornar o serviço mais atrativo aos médicos, na intenção de acelerar o andamento da fila. Essa questão também é mantida sob sigilo por parte do Estado.

O Ministério Público deve acompanhar todo esse processo, na intenção de evitar os já conhecidos fura-filas e que algumas pessoas faturem em cima do serviço, que é pago com recursos públicos, vendendo vagas na fila ou atravessando pacientes. Para isso, deve ser implantado algum sistema de controle, o qual ainda está em análise.

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