Cascavel – A marginal da BR-277 no perímetro urbano de Cascavel, entre os quilômetros 592 e 594,8, trecho que compreende os Bairros 14 de Novembro e Guarujá, está sendo motivo de preocupação por parte das entidades e do Poder Público que elaboraram e protocolaram junto ao DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) um ofício pedindo providências urgentes no trecho.
Conforme o documento, o número de empresas às margens da rodovia o acaba tendo uma grande quantidade de pessoas que se arriscam em travessias aliado a inexistência de uma passarela próxima torna o trecho um dos mais perigosos da BR-277 no perímetro urbano. Além disso, existe o problema dos acidentes com mortes e feridos e riscos constantes à vida e por isso, está sendo solicitado ao DER que promova ações e intervenções imediatas no trajeto de um pouco mais de dois quilômetros.
De acordo com o presidente da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), Genesio Pegoraro, os empresários, representantes de entidades e de órgãos públicos vêm se reunindo para encontrar a melhor forma de obter resultado prático urgente, que reduza ao máximo os perigos nesse percurso de menos de três quilômetros. “As situações relatadas são graves e precisamos de uma ação imediata para evitar que outras tragédias ocorram no local”, disse o presidente.
O maior risco está entre pedestres e ciclistas, que para avançar para o outro lado da rodovia se colocam em situações de extremo perigo. O último acidente grave ocorreu no dia 1º de fevereiro, justamente na marginal da BR-277, no Bairro 14 de Novembro. Um ciclista morreu ao ser atropelado por uma carreta, enquanto ele empurrava sua bicicleta e o último rodado do veículo de carga atingiu um jovem de apenas 19 anos. Ele foi atendido por médico e socorristas do Siate, mas não resistiu aos ferimentos. O motorista da carreta ficou em estado de choque porque não viu o pedestre.
O documento
Em um trecho do documento, as lideranças explicam que “o grande fluxo de veículos na rodovia e também nas marginais, traz riscos permanentes à vida de pedestres e de ciclistas, bem como de colisões graves entre carros, motos, ônibus e caminhões. O tráfego é muito grande no trecho e sem a existência de passarelas próximas, trabalhadores, moradores e estudantes são obrigados a fazer travessias arriscadas”.
Em outro ponto do ofício relata: “Acidentes com feridos e mortos, principalmente envolvendo ciclistas e pedestres, ocorrem com frequência nesse trajeto. Muitas empresas estão instaladas às margens da rodovia e nas proximidades há um parque industrial importante, o do Guarujá. Elas costumam recrutar, em grande parte, mão de obra vizinha aos estabelecimentos. Somente de trabalhadores e estudantes que circulam por esse percurso, de cerca de três quilômetros, são mais de quatro mil, diariamente”.
A reivindicação é apresentada na parte final do ofício: “A duplicação prevista ao longo da BR-277 vai demorar alguns anos, por isso moradores, empresários e autoridades reforçam, junto a esse importante órgão do governo do Estado, a urgência em adotar providências. As pessoas e entidades envolvidas nessa solicitação colocam-se à disposição, caso necessário, para ajudar a pensar sobre as melhores maneiras de combater os riscos citados”.
A reportagem do Jornal O Paraná entrou em contato com a assessoria de imprensa do DER-PR, mas até o fechamento edição não obtivemos retorno.