Cascavel – Começar o ano sem emprego não é nada fácil. Ainda mais quando essa busca se torna algo ainda mais complicado devido à crise em que o País está vivendo. Reflexo disso são as pouquíssimas vagas de trabalho ofertadas na Agência do Trabalhador de Cascavel: são apenas 139. A média mensal era aproximadamente 600.
Os dois cargos que concentram as maiores ofertas, que tradicionalmente disponibilizavam 100, 150 vagas no chamado período das vacas gordas, como é o caso de auxiliar de produção, tem hoje apenas 19. O primeiro lugar, com 20 vagas, é o de operador de caixa.
Pelas ruas, encontrar cartazes com oportunidades de trabalho está cada dia mais raro. Prova disso são as centenas de pessoas que passam diariamente pela agência.
Faz dois meses que estou procurando trabalho. Até tem vagas na agência, o problema é que os empregadores não chamam, disse Redinei Brehnz, que busca uma oportunidade como auxiliar de produção.
Vinda de Maringá, onde também procurava trabalho, a jovem Eliane Coelho foi pela segunda vez à Agência.
Quero encontrar emprego como telefonista, recepcionista, mas está complicado. Já entreguei currículo em várias lojas, desde as pequenas até as maiores, mas não consegui nada.
Outro que está procurando trabalho há várias semanas é Darci Canute.
Sou motorista, queria algo na minha área, mas na falta disso, estou encarando o que vier.
Se para quem ainda é jovem encontrar um trabalho está difícil, para quem já passou dos 40 a situação é ainda mais complicada. Esse é o caso de Adelino Strapasson, que já passou dos 50. Com anos de experiência como açougueiro, ele está há oito meses procurando trabalho.
Já vim aqui, fiz várias entrevistas e até agora nada. Fala-se muito em ter experiência, mas quando verificam minha idade desistem, alerta.