Cotidiano

El Niño provoca queda de até 10% na produção de soja no Oeste

Colheita em Cascavel e Toledo devem render 3,6 milhões de toneladas de grãos

Toledo – A colheita da soja no Oeste paranaense está prestes a ser concluída. Nos dois núcleos da Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento) da região – Toledo e Cascavel – os registros da atividade no campo apontam uma boa safra, mas que poderia ser ainda mais produtiva se não fossem as implicações causadas pelo fenômeno El Niño.

Entre as 20 cidades que integram a regional de Toledo, foram colhidos pouco mais de 459 mil hectares da área total cultivada, de 473.770. No entanto, a margem estimada de produção reduziu em 5%, conforme aponta o Deral (Departamento de Economia Rural) do município. Isso porque logo após o plantio, a expectativa era de 1,70 milhão de toneladas, que hoje, com 97% da oleaginosa colhida, permanece em 1.634.500 toneladas.

No núcleo de Cascavel, o rendimento também caiu, passando dos previstos 3.732 quilos para 3.471 quilos por hectare. A área plantada na regional é de 560.727 hectares, faltando apenas 5% a serem colhidos.

Conforme a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, as perdas na região podem variar de 5% a 10%, principalmente por conta das chuvas registradas nos últimos meses, que prejudicaram a ação de defensivos agrícolas e a baixa luminosidade nas lavouras entre os meses de novembro e dezembro, totalizando cerca de 3,60 milhões de toneladas colhidas.

Ferrugem

Uma das doenças registradas durante o desenvolvimento da cultura foi a ferrugem asiática. Conforme a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o Paraná foi o estado brasileiro que mais teve ocorrências de ferrugem, com 12, de setembro de 2015 a janeiro deste ano. A região apresentou 11 focos da doença em nove cidades.

Milho

O mesmo ocorre com a primeira safra de milho. Na regional de Toledo, houve redução de 33% na área cultivada, passando de 12.869 hectares na anterior para 8.619 na safra 2015/16. A queda se deu principalmente pela migração da atividade à soja, visto os melhores preços pagos ao produtor. A expectativa de produção ao Oeste é de 231,1 mil toneladas, 22% a menos do que na última safra, quando foram produzidas 296,7 mil toneladas.