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DIA DOS PAIS: Ser avô é ser pai duas vezes

DIA DOS PAIS: Ser avô é ser pai duas vezes

Estávamos na reunião de pauta na redação do Jornal O Paraná, rito seguido a cada início de semana, debatendo os principais assuntos a serem apurados pelas respectivas editorias. Apresentados alguns temas, o editor-chefe, Paulo Alexandre, lembrou que neste domingo é o momento de celebrar o Dia dos Pais. A partir daí, sou pego de surpresa, ao ser “convocado” a contar a minha história de pai e, muito recentemente, de avô. Sinceramente, prefiro contar histórias a ser protagonista dela. Entretanto, é um privilégio dividir com você, leitor, um pouco dessa trajetória movida pela superação e pelo amor incondicional pelos meus quatro filhos (Nathália, Enzo, Dante e Ísis) e um neto (Samuel).

Antes de relatar minha experiência como pai, é preciso voltar a 50 anos atrás. Minha história de vida começa a ser escrita em 10 de setembro de 1973, data do meu nascimento no Hospital Menino Deus, em Palotina. Filho do eletricista Valmor Dubiela (in memorian) e da comerciante Neuza Maria Dubiela (in memorian), passei boa parte da infância em um município que na época era considerado a “Capital Mundial da Soja” e oásis agrícola do mundo. Quis o destino que no futuro, essa relação com o campo fosse reestabelecida. Hoje, sou um jornalista apaixonado pelo que faço e com uma proposital inclinação aos assuntos relacionados ao agronegócio.

Minha ligação com Cascavel inicia na década de 1980. Quando cheguei junto com meus pais, a verticalização se restringia aos edifícios Colombeli e ao Hotel Copas Verdes. Aos 15 anos, depois de trabalhar como empacotador do antigo Supermercado Trento, na Rua Pernambuco (hoje D´Angelis), virar Office-boy da extinta Hermes Macedo e trabalhar com auxiliar de escritório na Tombini, entrei pela porta da frente no mundo do jornalismo no Jornal O Paraná. Foi amor à primeira vista. De arquivista de fotos em papel preto e branco, passei em pouco tempo a exercer a função de redator. Fui galgando meu espaço em todas as editorias do diário mais respeitado da região Oeste e do interior do Paraná. (Texto: Vandré Dubiela)

Nathália: Equilíbrio da razão e do coração

Em 1995, vivi um dos momentos mais felizes da minha vida. Em 28 de junho, às 11h20, nascia a minha primogênita, Nathália da Silva Dubiela (29), com 3 quilos e 250 gramas e medindo 47 cm. A envolvi em meus braços pela primeira vez em meio a um turbilhão de emoções. Nathália é uma variante do nome Natalia, que significa dia de nascimento ou dia de nascimento de Cristo. Ela é a personificação do equilíbrio entre razão e coração. Meu amor transborda a cada dia que te vejo “Nath”.

O nascimento da Nathália selava o começo da transição da fase de menino para homem, assumindo responsabilidades e minha missão nesse plano terrestre: cuidar dos meus filhos sob a onipresente proteção de Deus.

Enzo, gigante e vencedor

A decisão de ser pai novamente levou 15 anos e aconteceu no meu segundo casamento com a publicitária Mariana de Almeida Prado Dubiela (37). Na época, eu estava com 37 anos de idade. No dia 22 de julho de 2010, senti pela primeira vez essa experiência singular de testemunhar o nascimento do meu primeiro filho homem. Às 7h51 daquele dia de céu de brigadeiro, vinha ao mundo Enzo de Almeida Prado Dubiela (14), ostentando no peito o amor do time do coração (do pai), o Corinthians. Enzo significa príncipe do lar, gigante, vencedor. Ele realmente carrega essa personalidade, firme, forte e sempre trilhando um objetivo em mente.

A jornada de Dante

“Eu fico com a pureza da resposta das crianças…” É parafraseando trecho da música do saudoso cantor e compositor Gonzaguinha, que me refiro ao meu terceiro filho, Dante de Almeida Prado Dubiela (5).  Com ele não há devaneios: é 8 ou 80. Não há meio-termo em seus argumentos. Lépido, sempre tem resposta para tudo. Inquieto, cumpre o dever de casa quando o assunto é ser criança (que o diga a mãe na hora de organizar as bagunças). Ele é uma mistura de docilidade e razão. Dante nasceu no dia 8 de outubro de 2018, no Hospital Policlínica, em Cascavel. Ele carrega o nome de um dos maiores ícones da literatura mundial, autor de Divina Comédia, Dante Aligheri. A obra retrata a jornada de Dante pelo inferno, purgatório e paraíso. Dante significa constante e duradouro.

Um milagre chamado Ísis

E tinha mais! (risos). A “good vibe” da turma, Ísis de Almeida Prado Dubiela (3) é a quarta cascavelense da família. Ela é um milagre de Deus. Aos cinco meses de gestação, minha esposa foi acometida pela Covid-19. Dobramos nossos joelhos e clamamos a Deus para que essa doença não comprometesse a gravidez e muito menos a saúde da nossa menininha. E o milagre aconteceu. Ísis nasceu no dia 29 de dezembro de 2020, super saudável e hoje é a alegria da família. A mescla da genética italiana e polonesa é uma característica à parte. Vaidosa, ela não resiste a um espelho e aproveita para conversar com o “seu interior”. De origem egípcia, Ísis é conhecida como a deusa da fertilidade e amor maternal.

Samuel, a ressignificação

Ressignificar é dar um novo sentido à vida. Essa condição é atribuída ao nascimento do meu primeiro neto, Samuel Dubiela de Moraes (1), filho da minha primeira filha, Nathália da Silva Dubiela e do meu genro Rafael de Moraes. Como diz aquela conhecida frase: Ser avô é ser pai duas vezes. Não há explicação humana para tal sentimento. É algo sobrenatural, divino. Samuel veio ao mundo às 20h23 do dia 7 de maio de 2023, medindo 47 cm (coincidentemente o mesmo tamanho da mamãe quando nasceu) e pesando 3 quilos e 60 gramas. Samuel deriva do hebraico “Shemu´el”, que significa “nome de Deus” ou “ouvido por Deus”. Conforme a bíblica, Samuel é uma pessoa que age com determinação e justiça e só descansa quando atinge os seus objetivos. Por conta dessa postura, a recompensa é ser bem-sucedido em praticamente todos os seus empreendimentos (selá).

Enfim, esse será um Dia dos Pais de casa cheia. Por isso não canso de agradecer ao Pai Celestial, que continue nos iluminando e mostrando sempre qual o melhor caminho a seguir. Feliz Dia dos Pais!