Cascavel – Quem trafega pela marginal da BR-277, próximo ao Viaduto XIV de Novembro, sentido Foz do Iguaçu, já deve ter visto a imensa quantidade de entulhos, resíduos de construção civil, lixo doméstico, entre outros materiais que foram descartados.
O local praticamente foi transformado em uma rua de chão de forma irregular, onde os motoristas utilizam para fazer a travessia da Rua Espaço Verde até a marginal. Quem mora próximo ao local não sabe mais o que fazer, já que o descarte do lixo e entulhos geralmente é feito no fim do dia para não chamar atenção.
No começo jogavam apenas resto de construção civil, mas em pouco tempo começaram a jogar outros materiais, até lixo doméstico você vê ali. É um descaso total com o meio ambiente e com nós moradores, reclama Maria Aparecida dos Santos.
De acordo com o presidente do Bairro Pioneiros Catarinense, Edson Gavazzoni, depois que a prefeitura fez a retirada de terra para aterrar o Teatro Municipal o local ficou abandonado.
[O local] se tornou uma via pública irregular, dando espaço para pessoas mal intencionadas que jogam lixo e entulhos. No fim do mês, vamos nos reunir com a Secretaria de Meio Ambiente para buscar uma solução, conta.
Gavazzoni quer junto com os moradores cuidar e preservar o espaço, que é considerado área ambiental.
Vamos entrar em um acordo com o Município, se a prefeitura não pode cuidar, que possa dar para nós o direito de preservação, pois do jeito que está não dá para ficar, cobra.
A Secretaria de Meio Ambiente afirmou que fará a retirada dos entulhos no local, mas ainda não tem data para o recolhimento.
Desrespeito
No ano passado, 34 multas foram aplicadas às empresas de caçambeiros que não realizaram o descarte corretamente dos inertes. As autuações resultaram em R$ 139 mil à Secretaria de Meio Ambiente e dois pedidos de cassação de alvarás. Além disso, seis autuações por crime ambiental foram enviadas ao MPE (Ministério Público Estadual).
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Luiz Carlos Marcon, até o fim do ano o antigo aterro de inertes será recuperado.
Um estudo será realizado para recuperação da área até o fim do ano, por enquanto o local vem recebendo inertes gerados pela obra do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], explica.