Covid: Cascavel entre as cidades que serão avaliadas por estudo

Moradores de Cascavel e de mais cinco cidades do Paraná vão responder a uma pesquisa que avalia as sequelas deixadas pela a pandemia da Covid-19. Durante este mês de março, as equipes farão visitas domiciliares e entrevistas com cerca de 250 moradores de cada um dos seis municípios que abrange ainda Curitiba, Guarapuava, Maringá, Londrina e Ponta Grossa, que fazem parte da segunda fase de coleta dados do estudo nacional para avaliar as sequelas da doença.

Em todo o país, o estudo deve entrevistar 33.250 pessoas que tiveram Covid, moradores de pelo menos 133 municípios. O objetivo é reunir informações detalhadas para orientar a criação de políticas públicas voltadas para o tratamento das condições pós-Covid, também conhecidas como a “Covid longa”, que são as sequelas que a doença deixou. A Epicovid 2.0 é um inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia.

A pesquisa é coordenada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde e encomendada pela Universidade Federal de Pelotas. Os trabalhos iniciaram nesta semana e, de acordo com o epidemiologista Pedro Hallal, que irá coordenar o estudo, a expectativa é que o período de coleta dos dados dure entre 15 e 20 dias. Ela faz parte do trabalho de fortalecimento do monitoramento da doença, que o Ministério da Saúde vem realizando desde maio de 2023.

De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid. Neste sentido, segundo ela, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.

“O Epicovid 2.0 é uma nova fase do estudo iniciado em 2020. Embora agora não estejamos mais sob uma pandemia grave como tivemos, o vírus continua na sociedade e seus efeitos na vida das pessoas também. Esse agora é o nosso alvo, entender o impacto da doença na vida das pessoas e das famílias brasileiras”, explicou.

Identificação

Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde para a tarefa após apresentar a melhor proposta em pregão eletrônico. Os profissionais que farão o contato direto com os moradores para a coleta dos dados receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.