Curitiba – Segundo a PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), elaborada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e divulgada pela Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o percentual de endividados no Paraná vem apresentando baixa desde dezembro de 2015. Em março, 84,4% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida, redução de 1,28% na comparação com fevereiro (85,5%).
A diminuição do endividamento é um dos reflexos da crise, uma vez que os consumidores estão consumindo menos (-25,5% nos últimos doze meses segundo pesquisa da CNC e Fecomércio PR) e, consequentemente, realizam menos parcelamentos e financiamentos.
No entanto, a queda do endividamento no mês de março não refletiu positivamente nas contas em atraso, pois 27% dos endividados estão com os débitos atrasados, o que representa aumento de 11,6% com relação ao mês anterior (24,2%), e com tendência a aumentar no decorrer no ano.
A falta de condições de pagamento das contas atrasadas também aumentou, passando de 9,5% em fevereiro para 10,3% em março.
As famílias das classes C, D e E (renda até 10 salários mínimos) estão com maior dificuldade para quitar os compromissos financeiros, sendo que apenas 26,2% afirmam ter condições de pagar totalmente suas contas. Já nas classes A e B (renda superior a 10 salário mínimos), 48,4% dizem ter possibilidade de saldar as dívidas.
Cenário nacional
Na comparação com o cenário nacional, o Paraná se mantém como o Estado mais endividado, com 84,4% da população, ante 60,3% na média brasileira. A situação das contas em atraso e a falta de condições para pagamento das dívidas também piorou no país, com 23,5% e 8,3%, respectivamente.