Cotidiano

Carne brasileira não oferece risco à saúde pública, diz Ministério da Agricultura

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BRASÍLIA – O governo está reunido na tarde desta segunda-feira preparando uma contra-ofensiva para tentar contornar os efeitos negativos da operação Carne Fraca no mercado brasileiro. O presidente Michel Temer já se reuniu com o ministro Blairo Maggi no Palácio do Planalto e agora recebe representantes dos produtores de carne. No fim do dia ainda encontra embaixadores dos países importadores de carne para começar a disseminar uma explicação oficial sobre o caso.

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Para o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa), Luís Eduardo Rangel, é preciso reagir rapidamente, mas, até agora, não foram detectados risco para a saúde pública. Já o presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, houve “pirotecnia” por parte dos policiais envolvidos na operação. Para ele, os produtores “também são vítimas”.

? Reação imediata é muito importante para dar satisfação ao povo brasileiro. Nós, produtores rurais, somos também vítimas. Eu acho que se o governo tiver explicações convincentes nós não vamos ter nenhum prejuízo.Com certeza tem exagero pelo numero de policiais. Houve (pirotecia) ? disse Martins.

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, não foi identificada até agora a necessidade de retirar lotes de carnes das prateleiras de supermercados, mas que o Mapa tem mecanismos para rastrear todo o produto e recolher aquele que oferecer risco à saúde da população. Até agora, disse, nenhum país que compra a carne brasileira se antecipou em suspender o comércio. Estão todos “esperando um pronunciamento oficial do governo brasileiro”, informou.

? Todas as informações citadas são preocupantes, do ponto de vista da corrupção, da organização criminosa que foi desarticulada, mas do ponto de vista sanitário nós estamos muito tranquilos que as questões apontadas não trazem risco para a população, nem para a exportação. A carne que foi comercializada não traz risco à saúde pública ? disse Rangel.