Cascavel – Depois de três dias do fechamento das alças de acesso na região do Trevo Carelli para que um novo viaduto seja construído, o desvio do trânsito já apresentou problemas e a comunidade, preocupada com a situação, pediu melhorias tanto de sinalização como de rotas alternativas. O problema maior é nos horários de pico, principalmente no fim de tarde, quando o congestionamento é intenso. Além disso, há uma preocupação “extra” ainda maior, por conta da Escola Municipal Luiz Vianey, que acabou virando rota de caminhões com os desvios de trânsito para a obra.
Como a reportagem do Jornal O Paraná já havia adiantado de que havia a intenção de uma revisão de trajetos e rotas, uma reunião foi realizada ontem (26) com representantes da Transitar, Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas, Polícia Rodoviária Federal e da comunidade, foi decidido que uma nova rota será implantada e divulgada para a comunidade, visando melhorar a fluidez e o trânsito em toda a região.
De acordo com o engenheiro de trânsito da Transitar, Juliano Denardin, durante a reunião ficou definido que uma nova rota será viabilizada o mais rápido possível e que, para isso, será reforçada a sinalização, principalmente na região da escola. Além disso, a ideia é proibir o estacionamento de veículos em alguns trechos da via nos dois sentidos e ainda tornar alguns trechos em mão única. “Sabíamos que o fechamento traria transtornos, mas estamos dispostos a conversar e a melhorar o que for possível”, disse Denardin.
Segundo ele, a sinalização deve ser reforçada nos próximos dias e a engenharia vai buscar uma nova rota especialmente para o trânsito de caminhões que querem seguir sentido Curitiba, o que tiraria o fluxo pesado no entorno da escola. O engenheiro também reforçou que a Rua Emílio Bautitz, que foi apontada como possibilidade de alternativa, não é viável já que em poucas semanas também será fechada para que sejam feitas obras no local. “Queremos melhorar e deixar o trânsito mais seguro, mas tem que ser planejado”, disse.
Pela Rio da Paz?
José Luiz Romã Oliva, que é vice-presidente da Amic PR (Associação das Micros e Pequenas Empresas do Paraná), participou das discussões e reforçou que a comunidade está preocupada com a situação e que pedem mudanças urgentes já que a noite de terça-feira (25) foi registrado um trânsito intenso de caminhões e muitas filas na região escolar o que acabou aumentando a preocupação. “Pedimos para o trânsito fluir sentido Curitiba, porque tem a escola e se torna perigoso, por isso, sugerimos que os caminhões sigam sentido Rio da Paz, andem três quadras, depois mais duas e já acessem a rodovia”, explicou.
De acordo com o que foi discutido na reunião, também vão buscar a direção da escola municipal para que seja alterado o local de entrada como a saída dos alunos para uma rua menos movimentada, para garantir mais segurança das crianças e dos pais, que também tem grande movimento nos horários de pico.
Mudanças
O novo viaduto está sendo construído paralelo ao já existente (Viaduto do Carelli), por isso, as alças de acesso do lado direito, sentido Curitiba a Avenida Carlos Gomes, foram fechadas e será feito um desvio por dentro do bairro Maria Luiza. Também foi interditada a alça de saída da Carlos Gomes para a 277, sentido Curitiba, com o trânsito deslocado para o Bairro Faculdade. A Transitar implantou uma sinalização para que os motoristas se orientem sobre os desvios alternativos.
O prazo para a construção do novo viaduto é de 9 meses e o valor de investimento é de R$ 4 milhões. A segunda fase da obra será a revitalização da Avenida Carlos Gomes e da Rua Alexandre de Gusmão, cuja licitação acontece no dia 10 de maio, uma licitação pública internacional no valor de R$ 52 milhões. O objetivo é modernizar e, principalmente, garantir uma boa mobilidade das vias, proporcionando mais conforto e segurança para a população. Toda a obra está sendo financiada com recursos oriundos e empréstimo feito pela Prefeitura de Cascavel junto ao Banco Fonplata.
Foto: Paulo Eduardo/O Paraná
