
Cascavel - Depois de quase nove meses de tratamento e reabilitação, técnicos do Instituto Água e Terra (IAT) participaram na quarta-feira (17) da soltura de um gato-maracajá (Leopardus wiedii) que foi vítima de um atropelamento em abril na BR-487, no sentido Capitão Leônidas Marques, na região Oeste. O animal, uma fêmea adulta pesando três quilos, foi encontrado com uma das patas dianteiras quebrada em uma oficina mecânica da região, refugiado dentro do veículo que o atropelou.
A equipe do escritório regional do órgão ambiental foi acionada para fazer o resgate e, após constatar os ferimentos, o felino foi encaminhado para o Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) do Centro Universitário Univel, em Cascavel, para receber os tratamentos necessários. Lá, a gata passou por duas intervenções cirúrgicas, com a inserção de uma placa no osso da pata para estabilizar o ferimento e a retirada subsequente da placa após um período de recuperação e observação na clínica para confirmar a calcificação do osso.
Depois da segunda cirurgia, o animal ainda passou por uma fase adicional de reabilitação em um recinto extra do Zoológico de Municipal de Cascavel para ganhar a massa muscular necessária para retornar à natureza. Após passar por um mês no local, pôde finalmente ser devolvida pela equipe.
“Foi um processo longo, mas uma soltura bem-sucedida. Conseguimos devolver o gato-maracajá com instinto de defesa preservado e a mobilidade necessária para que consiga caçar presas vivas”, explica o coordenador do setor de fauna do escritório regional do IAT de Cascavel, Vinicius Góes.
O Leopardus wiedii é um felino silvestre de ocorrência em todo Brasil, com exceção da caatinga, de hábito noturno e com habilidades para escalar árvores. Tem, como característica, uma cauda mais longa do que seus membros posteriores e pelos amarelo-escuros na parte superior do corpo e na parte externa dos membros.
DENUNCIE
Ao avistar animais machucados ou vítimas de maus-tratos, tráfico ilegal ou cativeiro irregular, o cidadão deve entrar em contato com a Ouvidoria do Instituto Água e Terra ou da Polícia Militar do Paraná.
Se preferir, outra opção é ligar para o Disque Denúncia 181 e informar de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.
Fonte: AEN