Cotidiano

Aleluia! Frente fria traz chuva “expressiva” ao oeste no fim de semana

A previsão é de volumes em torno de 23 a 32 milímetros para a região oeste no fim de semana, conforme previsão do Climatempo

Aleluia! Frente fria traz chuva “expressiva” ao oeste no fim de semana

Cascavel – Em um maio típico de outono, com noites geladas e dias mais amenos, uma nova frente fria se aproxima do Paraná com uma boa notícia: vem chuva aí!

A última vez que choveu de forma mais expressiva no oeste do Estado foi em março. Agora, a previsão é de volumes em torno de 23 a 32 milímetros, conforme previsão do Climatempo. Em Cascavel, deve chover 15mm já nesta sexta (21), mais 17mm no sábado (22), e nada para o domingo (23). Em Foz do Iguaçu, o acumulado do fim de semana fica em 28mm e, em Toledo, a previsão de precipitação é de 23mm para os três dias.

Até terça-feira, o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) também previa números semelhantes, mas ontem a previsão já era mais desanimadora, com cerca de 13mm para o fim de semana na região, de forma espaçada e irregular.

A notícia é comemorada devido à crise hídrica que atravessa o Estado. A última vez que choveu foi no dia 12 de maio, mas o volume ficou em 10mm e atingiu a região de forma irregular e espaçada. “Essa frente está mostrando que consegue passar sobre o continente e traz alento aos produtores rurais”, diz o meteorologista Lizandro Jacóbsen, do Simepar.

Além da chuva, a frente traz frio. As temperaturas caem no início da semana e devem atingir 5ºC já na segunda-feira em toda a região.

 

Impacto no campo

A região oeste, como todo o Paraná, vive uma das mais severas e longas estiagens da história, que, após uma trégua em dezembro e janeiro, voltou a se agravar a partir de março, com pouquíssimo volume de chuva pontual. Esse cenário afetou as principais culturas no campo hoje.

O milho safrinha (2ª safra) já está comprometido em proporção variada e a expectativa é de 30% de quebra na produtividade, conforme explica a responsável pelo Deral de Cascavel (Departamento de Economia Rural), Jovir Esser.

O feijão já tem várias áreas com perda total, que foram afetadas diretamente na fase de reprodução das culturas, com quebra significativa.

“A previsão de chuva para os próximos dias será extremamente bem-vinda. Qualquer volume será importante para o campo”, afirma Jovir.

A chuva pode oportunizar o arranque da cultura do trigo, que está sendo semeado neste momento e precisa de solo úmido, e o próprio milho, que ainda precisa de chuva para que não haja perdas maiores.

A umidade prolongada vai auxiliar também na recuperação de pastagens.

Contudo, a economista alerta que, caso chova demais ou que se estenda por vários dias, há risco de comprometer o que ainda resta do feijão, que está sendo colhido.