Cascavel – O mês de agosto, que também recebe a cor “dourada”, é dedicado ao estimulo ao aleitamento materno, com promoção de ações que reforçam a importância da amamentação. Em Cascavel, um importante serviço é o Banco de Leite do Huop (Hospital Universitário do Oeste do Paraná), que registrou aumento de 14,3% nas doações de leite somente no primeiro semestre deste ano, com total de 2.170,5 litros coletados em comparação com o mesmo período do ano anterior, no qual foram coletados 1.898,4 litros de leite humano.
O Banco de Leite abastece também outros hospitais além dos recém-nascidos que fazem tratamentos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal – UTI Neo – e na Unidade de Cuidados Intensivos neonatal do Huop.
Para os atendimentos individuais às mulheres, o Banco de Leite de Cascavel, teve um aumento de 38,15% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022. A frente dos trabalhos desde 2008, a enfermeira Anelise Vieczorek, destacou a importância de a doação de leite ser divulgada constantemente em todos os espaços. “Nosso trabalho é ajudar os bebês que precisam da doação do leite materno; ele é a primeira e principal fonte de nutrição dos recém-nascidos e deve ser mantida até os dois anos de idade da criança, mesmo após a introdução alimentar”, explicou.
A enfermeira lembrou ainda que somente o leite humano possui anticorpos que o protegem contra diversas doenças, como diarreia, infecções respiratórias e alergias.
“Mamaço”
Alusivo ao tema e visando “alertar” a sociedade na importância do aleitamento materno, o Projeto Maternar promove neste sábado (5), mais uma edição do “Mamaço” em frente à Catedral Nossa Senhora Aparecida. O evento será das 9h às 11h, com consultoria de amamentação e orientações sobre empreendedorismo materno. Além do Projeto Maternar, o Banco de Leite Humano do Huop e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico também estarão presentes.
Às 10h30 está marcado o Ato Público de Amamentação, com a foto oficial do “Mamaço”. Toda a comunidade está convidada participar. “A volta ao trabalho é um dos principais gargalos para o desmame precoce. E, se você perguntar, a maioria das famílias quer muito continuar amamentando”, explicou Nayara Boiago, uma das coordenadoras do Projeto Maternar.
Apenas 45,8% dos bebês menores de 6 meses são amamentados no Brasil. E esse é um dos principais indicativos da OMS, que preconiza um índice de 70% nesse período.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é aleitamento materno exclusivo até 6 meses de vida, sendo que deve ser a principal fonte de nutrição até 1 ano da criança e é recomendado até 2 anos.
Foto: Arquivo/Secom
